Sessão Assíncrona


SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)

41374 - CASOS DE SÍFILIS DIAGNOSTICADOS NO CENTRO DE TESTAGEM E ACONSELHAMENTO (CTA) DO CENTRO DE SAÚDE DA COMUNIDADE DA UNICAMP (CECOM)
MATEUS GARCIA DE OLIVEIRA FERRARI - UNICAMP, MARIA HELENA POSTAL PAVAN - UNICAMP, EHIDEÉ ISABEL GOMEZ LA-ROTTA - UNICAMP, HERLING GREGORIO ALONZO - UNICAMP


Apresentação/Introdução
A sífilis é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais prevalentes no Brasil, mesmo com estratégias de prevenção e tratamento amplamente conhecidas. A população jovem é a mais atingida pela sífilis, destacando a necessidade de compreender o problema entre universitários para um melhor planejamento do cuidado à sua saúde.

Objetivos
Avaliar variáveis demográficas e comportamentais dos casos de sífilis diagnosticados no CTA/CECOM-UNICAMP entre os anos de 2013 e 2020.

Metodologia
Estudo Transversal levantou dados dos atendimentos de sífilis realizados pelo CTA/CECOM-UNICAMP, responsável por fornecer atendimento ambulatorial aos alunos e servidores da universidade. Foram incluídos os casos positivos de sífilis diagnosticados, tratados e com acompanhamento encerrado entre 2013 e 2020, que estavam registrados no Sistema de Informação-CTA do Ministério da Saúde (SI-CTA/MS). Pudemos então analisar proporções de variáveis categóricas sobre aspectos demográficos e comportamentais, retiradas de questionário já aplicado pelo serviço antes da realização dos testes rápidos. Estudo aprovado pelo CEP/Unicamp.

Resultados
Entre 2013 e 2020 foram realizados 17.919 testes para sífilis, sendo 359 (2%) VDRL positivo, porém apenas 80 (22,3%) foram registrados SI-CTA/MS, um sub-registro de 77,7%. Predominam indivíduos jovens (76,3%) entre 20 e 34 anos; solteiros (69,2%); brancos (42,5%); com escolaridade acima de 12 anos (63,3%) e homens (82,3%), destes 59,1% eram HSH. Negaram usar preservativo em todas as relações sexuais no último ano 74,4% dos indivíduos com parceiro fixo, com a principal justificativa de confiar no parceiro (13,9%), e 50,9% dos indivíduos com parceiros eventuais, justificando principalmente não gostar de usar preservativo (7,6%) ou estar sob efeito de álcool/drogas (7,6%).

Conclusões/Considerações
Evidencia-se elevado sub-registro de casos e que a comunidade universitária, principalmente na faixa etária mais jovem, majoritariamente do corpo discente, representa um grupo bastante vulnerável às IST’s. Em contrapartida, também são um grupo muito acessível para ações de educação em saúde, com ênfases sobre práticas de sexo seguro, visando diminuir a incidência de sífilis e de outras IST’s.