SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)
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40691 - PADRÕES ESPACIAIS DA INCIDÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NOS MUNICÍPIOS BAIANOS DE 2008 A 2019 TAYNARA DIAS SIMÕES - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, BRUNO OLIVEIRA COVA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, DANIELA MORATO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, MARCIO NATIVIDADE - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA
Apresentação/Introdução A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença zoonótica. Ao longo dos últimos anos tem-se evidenciado uma ampla expansão no mundo e no Brasil. Distribui-se em 76 países, sendo endêmica em 12 países das Américas. No Estado da Bahia é considerada como endêmica e em franca expansão. É uma enfermidade negligenciada por ocorrer principalmente em países emergentes e ser endêmica em áreas pobres.
Objetivos Descrever o padrão de distribuição espacial e identificar potenciais áreas de risco para adoecimento da LV nos municípios do Estado da Bahia no período de 2008 a 2019.
Metodologia Estudo ecológico de agregados espaciais. OS dados de casos de LV foram oriundos do SINAN e IBGE. As unidades de análise foram os municípios do estado da Bahia, abrangendo a população geral, por sexo e por faixa etária. Os anos do estudo foram de 2008 a 2019, agregados em 3 períodos, foram calculadas para cada um deles as taxas médias brutas e suavizadas da incidência por LV para os municípios, assim como para sexo e faixa etária. Foi calculado o Índice Global de Moran (IMG) para avaliar a presença de autocorrelação espacial entre as taxas médias suavizadas (de incidência) e para estimar potenciais áreas de risco foi aplicado o método de Autocorrelação Espacial Local (LISA).
Resultados Foi observado um incremento da incidência da LV entre o período do estudo, apresentando uma variação percentual de 7,7%. Identificou-se no estado que os homens são mais acometidos. Ao analisar a incidência de LV por faixa etária, percebeu-se que o estrato de 0 a 4 anos apresentou maiores taxas nos períodos. As taxas suavizadas apresentaram dependência espacial, onde o I’moran foi 0,206 (p< 0,00) no período 01; 0,305 (p< 0,00) no período 02 e de 0,235 (p< 0,00), para o período 03. Os achados do Moran Local demonstrou um aumento dos potenciais áreas de risco entre os períodos, evidenciando a expansão geográfica da doença.
Conclusões/Considerações Com o estudo foi possível destacar a expansão geográfica da LV nos municípios baianos, com deslocamentos para áreas que não apresentavam casos, uma possível explicação é a variação das condições de vida da população, que impacta na história natural desta doença, já considerada negligenciada de políticas públicas.
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