SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)
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39480 - TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ADOLESCENTES BRASILEIROS: ASSOCIAÇÕES COM O AMBIENTE ESCOLAR LUIZA DELAZARI BORGES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, MILENE CRISTINE PESSOA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, LUCIA HELENA ALMEIDA GRATÃO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, THALES PHILIPE RODRIGUES DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, LUANA LARA ROCHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, MARIANA ZOGBI JARDIM - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, TATIANA RESENDE PRADO RANGEL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, CRISTIANE DE FREITAS OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, LARISSA LOURES MENDES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Apresentação/Introdução Os transtornos de depressão e de ansiedade, também nomeados como Transtornos Mentais Comuns (TMC) geralmente tem seu início antes ou durante a adolescência. Os ambientes comunitários no qual os adolescentes frequentam podem exercer influência no desenvolvimento de TMC. Dentre esses ambientes, destaca-se o escolar, onde os adolescentes permanecem por no mínimo um terço do dia.
Objetivos O objetivo do presente estudo é verificar a associação entre o ambiente escolar com a presença de TMC em adolescentes brasileiros.
Metodologia Os dados utilizados neste estudo foram provenientes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Para a construção da variável TMC foi utilizado um questionário validado para uso em adolescentes. Como variáveis do ambiente escolar foi verificada a presença de pelo menos uma publicidade de alimentos ultraprocessados (AUP) e a dependência administrativa da escola. A associação entre o ambiente escolar e a presença de TMC foi estimada utilizando-se modelos multiníveis logísticos. O pacote estatístico utilizado foi o Statistical Software for professional (STATA), versão 14.0.
Resultados Foram avaliados os dados de 71.553 adolescentes brasileiros. A maioria, são do sexo masculino (50,21%), com idade entre 12 e 13 anos (35,10%), cor parda (48,83%) e pertencentes ao primeiro tercil do padrão socioeconômico, que corresponde àqueles com melhores condições socioeconômicas (46.16%). O modelo nulo mostrou que a presença de TMC entre os adolescentes diferiu entre as escolas (p<0,001). O modelo 3, ajustado por variáveis individuais, características da família e socioeconômicas demonstrou associação direta com o tipo de dependência administrativa privada (OR: 1.20; IC 95% 1.17-1.24) e a presença de publicidade de AUP (OR: 1.15; IC 95% 1.11-1.19) em adolescentes brasileiros com TMC.
Conclusões/Considerações Os resultados apontam para associação de TMC em estudantes de escolas privadas e o quanto o ambiente dessas escolas pode influenciar o consumo de alimentos ultraprocessados por meio da presença de publicidades.
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