SA1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: MÚLTIPLAS ABORDAGENS (TODOS OS DIAS)
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39030 - TRABALHO DE FORTALECIMENTO DA SAÚDE DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA: RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DA DISCIPLINA “RACISMO, LUTA PELA TERRA E DIREITO À SAÚDE”. MARCELA DE FÁTIMA LEMOS TAVARES - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, DÉLIS DE CÁSSIA SANTOS - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, ELAYNE MÁGDA ANDRADE DO NASCIMENTO - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, EMILLY MARCELA MENDES DE SOUZA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, MARIA ALINA MENESES DA SILVA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, MARIA DO SOCORRO SABRINA DE LIMA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, MAYARA TORLONY FERREIRA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, MYLLENA ALVES DE MOURA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, RANIERI MOREIRA DA SILVA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS, WYLLAMS RAMON BARBOSA DA SILVA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - CAMPUS GARANHUNS.
Período de Realização Experiência em curso, iniciada em março de 2022, com implantação de projetos permanentes.
Objeto da experiência Projetos de fortalecimento da saúde mental na comunidade quilombola de Estivas, Garanhuns-PE. Proposta de disciplina da Universidade de Pernambuco.
Objetivos Reconhecer o território a partir de visitas e conversas com lideranças/comunidade. Identificar temas que afetam à saúde mental e potencialidades no território, e refletir sobre os processos que levam ao adoecimento mental e possibilidades de promoção à saúde.
Metodologia Foi realizado diálogo com as lideranças locais de Estivas e reconhecimento do território, para a construção da matriz FOFA. Realizamos o projeto escrito, e verificamos a viabilidade do projeto e formas de articulação para colocá-lo em prática. Colocamos o projeto em prática com buscas de parcerias na própria comunidade e em comunidades vizinhas, onde estas parcerias também demonstraram entusiasmo com o projeto e sugeriram novas ações e parcerias.
Resultados Articulamos diversas ações: com o Centro de Referência da Assistência Social para realização de oficinas de educação popular em saúde; oficinas para discutir a Rede de Atenção Psicossocial; com outras comunidades quilombolas afim de fazer intercâmbios culturais, de exercícios físicos e de lazer, e para a promoção em conjunto de círculos de cultura e de diálogos, que discutam temas que geram adoecimento em saúde mental em Estivas, como machismo, racismo e homofobia.
Análise Crítica A elaboração da matriz FOFA foi fundamental para direcionar ações de fortalecimento. Para tal elaboração, foi essencial ir à comunidade e diálogar com moradores e lideranças. É notável a importância da união com os equipamentos sociais e de envolver a comunidade na resolução conjunta das atividades. Foi fácil para o grupo se envolver com o projeto e desejar participar de todas as oficinas, porém é necessário nos reconhecer como articuladores do início das ações e não parte permanente do projeto.
Conclusões e/ou Recomendações As articulações promovidas pelos residentes entre equipamentos sociais, parcerias com lideranças de dentro e fora de Estivas para realização conjunta das propostas de promoção à saúde, foi e é de extrema importância para a viabilização dos projetos. É nítida a potencialidade que as comunidades quilombolas têm de criatividade e união frente à fraquezas e ameaças à saúde mental apresentadas.
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