SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)
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43356 - AGROECOLOGIA PROMOVE SAÚDE”: APRENDIZADOS NA CONSTRUÇÃO DE DIÁLOGOS E CONVERGÊNCIAS NATALIA ALMEIDA SOUZA - UNICAMP/FIOCRUZ, ANDRÉ CAMPOS BÚRIGO - FIOCRUZ, LORENA PORTELA SOARES - FIOCRUZ, GUILHERME FRANCO NETTO - FIOCRUZ, MARCO ANTÔNIO CARNEIRO MENEZES - FIOCRUZ
Período de Realização Construção da Agenda de Saúde e Agroecologia (SeA) na Fundação Oswaldo Cruz de 2018 e 2020
Objeto da experiência A Agenda vem colaborando na aproximação e no trabalho cooperativo territorializado entre os campos da Saúde Coletiva e da Agroecologia
Objetivos Este relato descreve o exercício metodológico que permitiu a estruturação interna da Agenda na Fiocruz destacando suas estratégias de diálogo institucional e suas ações em rede. Uma construção possível a partir da interação direta com práticas historicamente desenvolvidas em diferentes territórios
Metodologia A perspectiva desenvolvida teve como elemento central a valorização das experiências já desenvolvidas na Fiocruz, o estímulo ao estudo e debate estratégico e a promoção de cooperação nacional e internacional com organizações chave. A organização da Agenda buscou realizar ações estruturantes nesse primeiro ciclo de gestão que levassem em consideração uma perspectiva de intersecção com outros temas centrais, o conjunto de políticas institucionais e o diálogo com redes e coletivos com atuação nacional.
Resultados No primeiro ciclo, a Agenda desenvolveu 23 ações principais, além de ter apoiado um conjunto de iniciativas que são desenvolvidas por diversas unidades e projetos da Fiocruz que atuam em Agroecologia. Esse balanço permitiu a organização de três eixos integradores, sendo eles: 1) tecendo redes: diálogos e convergências em saúde e agroecologia; 2) saberes e práticas: educação, inovações e divulgação do conhecimento popular e técnico-científico; c) comunicação: visibilidade, integração e memória.
Análise Crítica A agroecologia e a saúde coletiva guardam em suas nascentes a ação organizada de movimentos sociais que buscavam por reformas democráticas. Promover o diálogo entre esses dois campos históricos, representa a oportunidade de potencializar iniciativas locais, desenvolvidas nos territórios e nacionalmente, promover avanços institucionais que promovam direitos. Ainda são volumosos os desafios relacionados à comunicação e construção de princípios comuns entre as iniciativas.
Conclusões e/ou Recomendações Aposta-se que a transição para agroecossistemas ecológicos, saudáveis e inclusivos em sua diversidade cultural, tem em seu cerne a necessidade dos saberes populares, dos camponeses, dos povos e comunidades tradicionais, serem não apenas respeitados, mas valorizados como centrais. O direito de morar, trabalhar, plantar e viver com saúde e liberdade são encruzilhadas que conectam as experiências populares que tecem e dão sentido à Agenda SeA.
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