Sessão Assíncrona


SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)

43214 - “TUDO PRA MIM": REPRESENTAÇÃO DE UM GRUPO DE CUIDADO FISIOTERAPÊUTICO NA ATENÇÃO BÁSICA
ANA CLÁUDIA BARBOSA - IFRJ, FLÁVIA GODOIS MAGALHÃES - SMS-RJ, JANAINA KERLY ALVES PEREIRA - IFRJ, JULIANA ALVES TENÓRIO - IFRJ, LETÍCIA RORIZ MARTINS - IFRJ, RAYSSA DE VILHENA MOREIRA - IFRJ, STÉPHANIE RAPOSO GOMES - IFRJ, THALIA PIMENTEL RODRIGUES - IFRJ


Período de Realização
Junho de 2022, durante o Estágio Supervisionado em Fisioterapia I, na Atenção Básica

Objeto da experiência
A percepção da vivência de usuários em um grupo de fisioterapia para pacientes com dor crônica na Atenção Básica (AB), no município do Rio de Janeiro.

Objetivos
Identificar o fluxo de entrada e saída dos/as usuários/as participantes
Compreender qual a representação do grupo para os/as usuários/as participantes, nos aspectos biopsicossociais
Discutir o papel da atenção básica no cuidado fisioterapêutico

Metodologia
Foi elaborado um roteiro de entrevista com sete perguntas sobre o percurso dos usuários no Grupo de Dor Crônica em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados em entrevistas individuais conduzidas por estagiárias do curso de Fisioterapia do IFRJ e revisados pelo método da Análise de Conteúdo. Foi criada uma nuvem de palavras com os termos mais frequentes em resposta à pergunta “O que o grupo representa para você?” através do software wordclouds.com.

Resultados
Foram realizadas 21 entrevistas (95% dos participantes). Dos 21 respondentes, nove (42,8%) chegaram ao grupo indicados por um profissional de saúde da UBS e sete (33,3%) por indicação de um outro usuário. Do total, seis (28,5%) não desejam deixar o grupo, e sete (33,3%), apenas quando tiver melhora/alta. Nove (42,8%) aguardam vaga no SISREG para uma consulta. Na criação da nuvem de palavras, os termos mais frequentes foram “tudo”, “convivência”, “saúde”, “amizade”, “união” e “alegria”.

Análise Crítica
A AB é a porta de entrada do SUS, configurando um cuidado acessível e resolutivo para a população, atestado pela forma como parte dos usuários chega ao grupo (Oliveira; Pereira, 2013). Friedrich (2017) aponta o grupo como um espaço de troca, ajuda mútua e descontração, vínculos que constituem parte da melhora dos pacientes, percebido por eles como um importante fator de adesão. Vemos ainda, pelas respostas, que a qualidade e o acesso à atenção secundária são fragilidades do sistema (Bim, 2021).

Conclusões e/ou Recomendações
A AB, quando se constitui o primeiro contato do usuário com a atenção em saúde, é capaz de oferecer autocuidado e senso coletivo de amizade, em especial nas atividades conduzidas em grupo. A adesão dos usuários e o sucesso na assistência são determinados pelos esforços das equipes em manter o vínculo e a longitudinalidade do cuidado como pilares da atenção à saúde, e para tal, os demais níveis de atenção devem também se fortalecer e se organizar.