Sessão Assíncrona


SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)

42196 - SEGUIMENTO DA COORTE DE NASCIMENTO PIPA UFRJ
ANA NATIVIDADE - FIOCRUZ, NATALY FIGUEIREDO DAMASCENO - ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES/ UFRJ, MONICA S. ARAUJO - UFRJ, KARINA LEITE BARRIL PINTO - UFRJ, THATIANA VERÔNICA RODRIGUES DE BARCELLOS FERNANDES - UFRJ, CARMEN FORES ASMUS - UFRJ


Apresentação/Introdução
Crianças são mais vulneráveis a exposição a poluentes ambientais, que podem gerar agravos ao desenvolvimento. Uma coorte no Município do Rio de Janeiro investiga numa população urbana, a associação entre exposição pré-natal e na primeira infância a poluentes ambientais (metais, organoclorados, piretroides e PFOS) e desfechos no desenvolvimento fetal, respiratórios, neurológicos e antropométricos.

Objetivos
Descrever o seguimento da coorte de nascimento Pipa UFRJ, que se iniciou em setembro de 2021 e ainda está em andamento na Maternidade Escola da UFRJ, e vai avaliar crianças desde o terceiro mês de vida até 4 anos das crianças.

Metodologia
O seguimento da coorte avalia desfechos respiratórios, de neurodesenvolvimento e antropométricos. Desfechos respiratórios são avaliados através de anamnese de sinais e sintomas. O neurodesenvolvimento é estudado através da aplicação do teste Denver II. São realizadas medidas de peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico e braço, índice de massa corporal e comparadas com padrões de crescimento da Organização Mundial da Saúde (escores Z) para avaliação de desfechos antropométricos. Para avaliação dos poluentes ambientais, são coletados sangue do cordão umbilical, urina dos bebês e leite materno nos retornos com 3 e 6 meses, 1, 2, 3 e 4 anos de vida das crianças.

Resultados
De setembro de 2021 a maio de 2022 retornaram bebês com 3 meses e com 6 meses de vida. Com 3 meses compareceram 333 bebês (63%), coletadas 328 amostras de urina de bebês e 269 de leite materno. Com 6 meses de vida, 163 crianças retornaram (65%) ao seguimento, 155 urinas de bebês e 115 amostras de leite materno foram coletadas. Dados antropométricos, conclusão do teste Denver II e dados da anamnese respiratória estão sendo sistematizados em banco de dados para aplicação de testes estatísticos para análise de associação entre exposição aos poluentes e os desfechos estudados.

Conclusões/Considerações
Esta é a primeira coorte no Brasil que avalia exposição pré-natal a poluentes ambientais. Iniciamos o estudo durante a pandemia, captando gestantes para acompanhamento dos bebês. O seguimento iniciou em setembro de 2021, e, em janeiro 2022 a COVID19 atingiu picos alarmantes e o atendimento foi interrompido por medidas protetivas. Ao final da coorte, teremos o perfil de exposição pré-natal da população aos poluentes e os desfechos analisados.