Sessão Assíncrona


SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)

41404 - TERRITÓRIO COMO RECURSO DE CUIDADO: MANIFESTAÇÕES ARTÍSTICAS PELA LUTA ANTIMANICOMIAL NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO GRANDE DO SUL
JOSUÉ BARBOSA SOUSA - ESP/RS, GABRIELA RADIN PIESANTI - ESP/RS, LUIZA DOS SANTOS MATTOS - ESP/RS, LUCAS VIEIRA DE GALISTEO - ESP/RS, GIORDANO LARANGEIRA DIAS - SMS SAPUCAIA DO SUL, NAIURI BRAGA - SMS SAPUCAIA DO SUL


Período de Realização
Ações realizadas entre 16 e 31 de maio de 2022.

Objeto da experiência
Programação cultural da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)da região metropolitana de Porto Alegre em alusão ao dia da luta antimanicomial.

Objetivos
Relato sobre uso do território como ferramenta de resistência e cuidado em saúde mental.

Metodologia
Ações planejadas por profissionais da RAPS; a programação incluiu a realização de futebol InterCAPS, música na praça, exposição artística e palestras sobre o cenário da saúde mental no Brasil. Em vistas a necessidade de ressaltar a defesa da saúde mental como constructo de vínculos, foi organizada uma última ação nas estações da linha de metrô, oportunidade em que profissionais compuseram com a Nau da Liberdade, com música e informação sobre as lutas da Reforma Psiquiátrica.

Resultados
As intervenções promovidas para além dos espaços institucionalizados, ânimo entre os profissionais, que convivem com as sobrecargas da área e pelo sucateamento da rede, assim como e entre os usuários&familiares, pela surpresa de poder explorar a cidade em que vivem como locais de expressão das diferenças; esses produtos leves, como a inclusão e o sorriso e a realização de atividades, são mais facilmente observáveis em espaços de convivência comuns à comunidade, como as praças e trens.

Análise Crítica
A luta antimanicomial pretende conscientizar sobre o cuidado horizontal e em liberdade, articulando desejos e necessidades de pessoas em sofrimento psíquico; também é um momento de resgatar avanços e pontos críticos da reforma psiquiátrica quanto aos públicos ainda não contemplados ou vulneráveis; o cuidado em liberdade inclui estratégias de resistência à vida fabril e a patologização das diversidade implícitas à humanidade, na lógica promoção da autonomia e dos vínculos saudáveis.

Conclusões e/ou Recomendações
O território, enquanto espaço fluido onde ocorrem encontros e afetos, que extrapolam a ideia biomédica de doença e de conformação geopolítica, é por isso mesmo espaço a ser utilizado para a conscientização de usuários e familiares sobre as redes a disposição, numa prática de cuidado em saúde que permite a expressão de sentimentos e percepções, assim como satisfação de necessidades psicossociais dos usuários