Sessão Assíncrona


SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)

40196 - ASSOCIAÇÃO ENTRE VÍNCULO DE TRABALHO E ESTRESSE OCUPACIONAL EM TRABALHADORES DE HOSPITAL
CARLOS RODRIGO NASCIMENTO DE LIRA - UFBA, LORENE GONÇALVES COELHO - UFRB, RITA DE CÁSSIA COELHO DE ALMEIDA AKUTSU - UNB, PRISCILA RIBAS DE FARIAS COSTA - UFBA


Apresentação/Introdução
Estresse ocupacional é aquele que ocorre a partir da percepção do indivíduo com as demandas no ambiente laboral e o que ele faz ou dispõe para enfrentá-las, ou seja, mesmo diante a presença de situações e demandas no trabalho, é preciso que o trabalhador não consiga ou não disponha de recursos para enfrentá-las, para que o estresse se estabeleça, como por exemplo, questões de vínculo de trabalho.

Objetivos
O objetivo deste trabalho é avaliar associação entre vínculo de trabalho e estresse ocupacional em trabalhadores de hospital de um município baiano.

Metodologia
Estudo de segmento, realizado com os trabalhadores de hospital em município baiano. Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa e treinamento da equipe para aplicação do protocolo de estudo, as variáveis coletadas foram sexo, idade, cor da pele, escolaridade, cargo, presença de outro emprego, tipo de contrato e estresse ocupacional, avaliado pelo questionário Job Content Questionnaire, segundo o Modelo Demanda-Controle (Karasek, 1979). A análise dos dados foi composta pela estatística descritiva (frequência simples, absoluta, média e desvio padrão). E para a associação de interesse, teste chi-quadrado.

Resultados
Dos 218 trabalhadores, a maioria era do sexo feminino (n=164; 75,2%), com média de idade de 32 anos (±8,3), 50,5% referiram ter ensino médio completo (n=110) e 34,4% ensino superior (n=75). A cor da pele mais referida foi negra/parda (n=183; 83,9%). Quanto as variáveis laborais, identificamos 58,3% (n=127) de profissionais da administração, 95% (n=207) eram efetivos e tanto em 2019 (n=177; 81,2%), quanto em 2020 (n=178; 81,7%), os trabalhadores não possuíam outro vínculo empregatício. Tanto no tempo I (n=156; 75,4%; p=0,383), quanto no II (n=160; 77,3%; p=0,726), os trabalhadores efetivos apresentaram baixo estresse ocupacional, em comparação as demais categorias, mas sem significância.

Conclusões/Considerações
Os dados, apesar da não diferença estatisticamente significativa, reforçam a importância de um vínculo de trabalho com relações firmadas no regime celetista, haja vista ser uma forma de empregabilidade considerada formal, portanto garantindo direitos aos profissionais previstos na consolidação das leis trabalhistas, sobretudo aqueles referentes às condições de trabalho que garantam proteção à saúde dos trabalhadores.