SA1.4 - SAÚDE, NUTRIÇÃO E BEM-ESTAR (TODOS OS DIAS)
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39230 - REDES DE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA: O CONSUMIDOR COMO SER POLÍTICO CAIO CÉSAR FERREIRA ALVERGA - UFPB, CLAUDIO BECKER - UERGS, LUCAS RIEFEL INACIO - UERGS, DIONARA OYAMBURO CORDEIRO DA SILVA - UERGS, ALINE CORREA NUNEZ - UERGS, MATEUS OSÓRIO DA SILVA - UFPB, JONATHAN CORDEIRO DE MORAIS - UFPB, ESTHER PEREIRA DA SILVA - UFPB, FLORA LUIZA PEREIRA DO NASCIMENTO FREIRE - UFPB, ESTEFÂNIA DA SILVA ARAÚJO - UFPB
Apresentação/Introdução As redes de produção e consumo de alimentos orgânicos têm tido significativo avanço, atingindo os mais distintos contextos e territórios. Estas iniciativas possuem como premissas a produção alimentar aliada à sustentabilidade ambiental, cultural e socioeconômica e têm como consumidores, sujeitos que compreendem a importância desse processo para a sua saúde e ambiental.
Objetivos O objetivo deste trabalho foi analisar o perfil socioeconômico de consumidores de uma rede de produção agroecológica e suas motivações para o consumo destes alimentos.
Metodologia O estudo foi realizado durante o período de fevereiro a março de 2021 no município de Santana do Livramento (RS) a partir de entrevistas por meio de formulário virtual a consumidores cadastrados na Chácara Inhambu: produção de alimentos agroecológicos, uma iniciativa de produção alimentar orgânica na Fronteira Oeste Gaúcha. O formulário continha questões sobre dados socioeconômicos, tempo e motivações de consumo de alimentos orgânicos. De um total de 345 cadastrados, 91 responderam ao formulário. Os dados foram analisados por meio de frequência simples a partir do uso do programa Excel
Resultados A maior parte dos consumidores eram mulheres (82%), na faixa etária entre 40 e 50 anos, com renda média entre 3 e 4 salários-mínimos. A maioria (65%) relatou consumir alimentos orgânicos há menos de cinco anos. As principais motivações relatadas para o consumo foram a relação entre a alimentação agroecológica, promoção da saúde, conservação do ambiente e os alimentos serem de origem local. Para este grupo, caracterizado por pessoas adultas e com renda média superior ao da população em geral, é observado um processo de escolha alimentar pautada no ser político, na qual há uma consciência de que a produção e o consumo devem ser sustentáveis e que este processo possui impacto na sociedade.
Conclusões/Considerações A partir da experiência analisada, é observado o processo de politização do consumo, no qual há o entendimento da relação da produção alimentar a partir do respeito ao meio ambiente garantindo promoção à saúde. Porém, é importante ressaltar a importância de políticas governamentais que garantam para a população como um todo a produção de alimentos de forma justa e sustentável a fim de permitir escolhas alimentares políticas e saudáveis.
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