Sessão Assíncrona


SA1.3 - SAÚDE, AMBIENTE, SOCIEDADE E NUTRIÇÃO (TODOS OS DIAS)

42531 - TRATAMENTO E CONTROLE DO DIABETES MELLITUS NO BRASIL : ESTUDO DE BASE POPULACIONAL.
LUÍS ANTÔNIO BATISTA TONACO - UFMG, GUSTAVO VELASQUEZ-MELENDEZ - UFMG, ALEXANDRA DIAS MOREIRA D'ASSUNÇÃO - UFMG, DEBORAH CARVALHO MALTA - UFMG


Apresentação/Introdução
O Diabetes Mellitus (DM) constitui-se um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, sendo o tratamento e o controle fundamentais para a diminuição da carga de doenças crônicas não transmissíveis.

Objetivos
Estimar as prevalências do tratamento e controle do DM na população adulta brasileira.

Metodologia
Estudo transversal, que utilizou dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2014/2015. Estimou-se a prevalência de conhecimento, tratamento e controle do DM na população adulta brasileira de acordo com as características sociodemográficas (sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, auxílio bolsa família e região de residência), condição de saúde (autopercepção de saúde) e de acesso aos serviços de saúde (plano de saúde). Os desfechos foram definidos com base na medida de hemoglobina glicada, no diagnóstico autorreferido de DM e no uso de hipoglicemiantes ou de insulina.. Todas as estimativas foram calculadas no módulo survey do software Stata 14.0 (Stata Corp., College Station, TX, USA).

Resultados
A prevalência de DM na população brasileira foi de 8,6% (IC 95%: 07,8-09,3), sendo que 68,2% (IC 95%: 63,9-72,3) tinham conhecimento do seu diagnóstico, 92,2% (IC 95%: 88,6-94,7) dos que tinham conhecimento realizam tratamento medicamentoso e, desses 35,8% (IC 95%: 30,5-41,6) tinham os níveis de HbA1c controlados. As prevalências desses desfechos foram maiores nos homens, indivíduos de baixa escolaridade, sem plano de saúde e beneficiários do programa bolsa família

Conclusões/Considerações
Aproximadamente um a cada dez brasileiros apresentaram DM. A maioria que tem conhecimento da doença está em tratamento medicamentoso, desse grupo menos da metade tem níveis de HbA1c controlados. Cenários piores foram encontrados em subgrupos com alta vulnerabilidade social.