SA1.3 - SAÚDE, AMBIENTE, SOCIEDADE E NUTRIÇÃO (TODOS OS DIAS)
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41423 - IMPORTÂNCIA DO AMBIENTE FAMILIAR PARA A SAÚDE DA CRIANÇA: EXPLORANDO SUA RELAÇÃO COM A DESNUTRIÇÃO CRÓNICA MARÍA FERNANDA RIVADENEIRA - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, BETZABÉ TELLO - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, ANA LUCÍA MONCAYO - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, JOSÉ CAICEDO GALLARDO - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, JANETT BUITRÓN - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, FABRICIO ASTUDILLO - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, JOSÉ CÓNDOR - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, JOSÉ OCAñA - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR, ANA LUCÍA TORRES - PONTIFICIA UNIVERSIDAD CATÓLICA DEL ECUADOR
Apresentação/Introdução O ambiente familiar é fundamental para o desenvolvimento social e cognitivo das crianças. Existe pouca informação ao respeito de sua associação com a nutrição da criança. A desnutrição crônica é um importante problema de saúde no Equador, ocorrendo em uma de cada três crianças. Este estudo baseia-se no modelo eco social, e explora a importância do ambiente familiar para o crescimento da criança.
Objetivos Analisar a associação entre o ambiente familiar e a desnutrição crónica em crianças equatorianos menores de 5 anos de idade.
Metodologia Estudo transversal baseado no Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição (ENSANUT) realizado em Equador em 2018, com dados de 16902 crianças menores de 5 anos. Incluíram-se resultados da escala “Home Observation for Measurement of the Environment” que avalia a qualidade e quantidade de apoio e a estimulação que a criança recebe no seu lar. A escala consta de 43 perguntas para crianças de 0-2 anos de idade, e 55 perguntas para os de 3-4 anos. A variável desnutrição crónica (Z score da altura para a idade menor a dois desvios padrão) foi considerada como variável efeito. Regressões de Poisson binarias e múltiplas foram realizadas para amostras complexas.
Resultados A escala do ambiente familiar apresentou uma média de 37,7 e desvio padrão de 8,73 pontos para crianças menores de 5 anos. O ambiente familiar foi significativamente menor em famílias mais pobres, filhos de mães analfabetas ou de ensino fundamental, em famílias 5 filhos ou mais, quando comparadas com crianças de famílias mais ricas, filhos de mães com ensino superior e famílias com 1-2 filhos (valor p < 0.05).
Um 22,9% das crianças apresentaram desnutrição crónica. A cada incremento de um ponto na escala de ambiente familiar, a probabilidade de desnutrição crônica se reduz em 1,2% (RP 95% CI 0,97-0,99), independentemente da renda na família, o nível de ensino na mãe e o número de crianças na família.
Conclusões/Considerações O ambiente familiar positivo reduz a probabilidade de a criança apresentar desnutrição crônica, independentemente da condição socioeconômica da família. No entanto, o ingresso familiar e a instrução da mãe favorecem um ambiente familiar positivo para a criança. Uma parentalidade positiva, exercida a traves da estimulação e um ambiente livre de violência promove o crescimento das crianças.
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