SA1.3 - SAÚDE, AMBIENTE, SOCIEDADE E NUTRIÇÃO (TODOS OS DIAS)
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40970 - AS HABILIDADES CULINÁRIAS DO RESPONSÁVEL PELAS REFEIÇÕES EM CASA ESTÃO ASSOCIADAS COM MARCADORES DA QUALIDADE DO CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS ?
TALITA MIRANDA TORRES - IBB-UNESP, MICHELLY DA SILVA ALVES - FMB-UNESP, MARIA ANTONIETA DE BARROS LEITE CARVALHAES - FMB-UNESP, HÉLIO RUBENS DE CARVALHO NUNES - FMB-UNESP
Apresentação/Introdução
Os tradicionais meios de aprendizado do "cozinhar" estão fragilizados, apesar do hábito de cozinhar em casa ser considerado capaz de promover hábitos alimentares mais saudáveis. Há evidências desta relação, em adultos. Porém, ainda não foi estudado adequadamente o papel das habilidades culinárias dos responsáveis por crianças sobre o consumo alimentar destas, foco do presente estudo.
Objetivos
O objetivo foi avaliar as habilidades culinárias do responsável pelas refeições em casa de pré-escolares com idade entre 2 e 5 anos e investigar sua relação com marcadores de consumo alimentar saudável e não saudável.
Metodologia
Estudo transversal com pré-escolares, realizado em 2019. Às mães/responsáveis pela alimentação da criança em casa, foi aplicado questionário validado contendo 10 habilidades culinárias, gerando um escore (0-100 pontos) de habilidades. A alimentação da criança em casa foi avaliada pela frequência semanal (0-7) de 4 indicadores de consumo não saudável (refrigerantes/bebidas adoçadas, embutidos, guloseimas doces e macarrão instantâneo) e 3 de consumo saudável (frutas, hortaliças e feijão), sendo criados dois escores. As associações do escore de habilidades culinárias com os escores de consumo saudável e não saudável foram avaliadas pelo teste qui-quadrado e regressão de Poisson.
Resultados
Foram avaliadas 115 mães/responsáveis. Reportaram serem muito confiantes para preparar molho de tomate caseiro 37,4% das mães e 68,7%, para preparar feijão na panela de pressão. O escore de habilidades culinárias médio foi 80,11 pontos. Consumo diário de refrigerantes/bebidas adoçadas prontas, guloseimas, embutidos e macarrão instantâneo foi reportado para 33,9%, 10,4%, 0,9% e 3,5%, respectivamente, das crianças. Houve associação inversa entre as habilidades culinárias maternas e marcadores do consumo alimentar não saudável (p=0,012). Não houve associação entre o escore de habilidades culinárias e os marcadores de consumo saudável.
Conclusões/Considerações
Há associação inversa entre habilidades culinárias maternas e escore marcador de consumo alimentar não saudável pela criança, resultado que sugere uma hipótese: ações que promovam as habilidades culinárias de mães ou cuidadores podem resultar em menor frequência de consumo de refrigerantes/bebidas adoçadas e outros alimentos não saudáveis, a ser avaliada por futuros estudos de intervenção.
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