SA1.3 - SAÚDE, AMBIENTE, SOCIEDADE E NUTRIÇÃO (TODOS OS DIAS)
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39447 - PADRÕES ALIMENTARES DE ADULTOS BRASILEIROS DE ACORDO COM A SITUAÇÃO DE (IN)SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL EM 2017–2018 JADE VELOSO FREITAS - IMS/UERJ, MARINA CAMPOS ARAUJO - ENSP/FIOCRUZ, ANNA BEATRIZ SOUZA ANTUNES - IMS/UERJ, VALÉRIA TRONCOSO BALTAR - ISC/UFF, DIANA BARBOSA CUNHA - IMS/UERJ
Apresentação/Introdução Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 demonstraram que houve um aumento de 14,1% nos domicílios brasileiros com insegurança alimentar e nutricional entre 2013 e 2018, reafirmando o impacto das desigualdades sociais no consumo alimentar no país, acompanhada pela redução no consumo de alimentos tradicionais, como arroz, feijão e carne.
Objetivos Identificar padrões alimentares de adultos brasileiros de acordo com a situação de (in)segurança alimentar e nutricional em 2017-2018.
Metodologia Analisou-se dados do primeiro dia do recordatório de 24 horas utilizado para avaliar o consumo alimentar de adultos brasileiros investigados no Inquérito Nacional de Alimentação 2017–2018 (n=46.164). Os padrões alimentares foram derivados por análise fatorial exploratória a partir de 19 grupos de alimentos de acordo com a presença ou não de insegurança alimentar e nutricional (IA) (agrupou-se as três categorias de IA leve, moderada e grave). As análises consideraram complexidade do desenho amostral.
Resultados Aproximadamente 44% da população adulta brasileira encontrava-se em qualquer nível de IA (leve, moderada e grave). Foram observados três padrões em ambos os grupos (adultos em SAN e IA): “tradicional”, contendo arroz, feijão e carnes; “panificados”, incluindo pães, óleos e gorduras (bem como margarina/manteiga) e café e “ocidental”, caracterizado por farinhas e massas, refrigerantes e pizzas e salgados, além de doces para os indivíduos em IA. Entretanto, o padrão “tradicional” foi o primeiro detectado entre os indivíduos em SAN enquanto o padrão “panificados” foi o primeiro identificado entre os indivíduos em IA (cada padrão explicando 13% da variância acumulada).
Conclusões/Considerações Adultos brasileiros em situação de IA têm como base da sua alimentação alimentos ricos em carboidratos simples (pães), gorduras e com poucas fontes de nutrientes (café). Esses resultados reiteram a necessidade de medidas econômicas e de saúde pública que permitam o acesso a uma alimentação adequada e de qualidade e reduzam a prevalência de IA na população brasileira.
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