SA1.3 - SAÚDE, AMBIENTE, SOCIEDADE E NUTRIÇÃO (TODOS OS DIAS)
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38899 - ESTADO NUTRICIONAL DE IODO EM NUTRIZES E LACTENTES DO MUNICÍPIO DE VIÇOSA-MG, E SUA ASSOCIAÇÃO COM VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS E DE SAÚDE FRANCILENE MARIA AZEVEDO - UFV, DÉBORA LETÍCIA FRIZZI SILVA - UFV, ALINE CARARE CANDIDO - UFV, ALMEIDA ABUDO LEITE MACHANBA - UFV, MARIANA DE SOUZA MACEDO - UFVJM, SARAH APARECIDA VIEIRA RIBEIRO - UFV, EDIMAR APARECIDA FILOMENO FONTES, FERNANDO BARBOSA JUNIOR - USP, SILVIA ELOISA PRIORE - UFV, SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI - UFV
Apresentação/Introdução A nutrição adequada em iodo na lactação é importante para garantir o desenvolvimento do recém-nascido em aleitamento materno, que depende diretamente da ingestão materna. Uma estratégia eficaz para combate da deficiência de iodo foi a fortificação do sal, no entanto, o grupo materno-infantil permanece vulnerável.
Objetivos Determinar a prevalência da deficiência de iodo em nutrizes e lactentes e sua associação com conteúdo de iodo no sal, tempero, água, variáveis socioeconômicas e de saúde.
Metodologia Estudo transversal que avaliou 128 mulheres adultas e seus filhos amamentados exclusivamente (15-90 dias) de uma cidade de Minas Gerais, Brasil. As mães foram identificadas na Maternidade e convidadas a participar. Coletamos dados socioeconômicos e de saúde usando um questionário estruturado, amostras de urina da mãe e da criança. Dosou-se o teor de iodo no sal e tempero dos domicílios dos participantes e na água das 13 unidades de saúde da cidade, nas quatro estações (n=52). O teor de iodo na urina e no sal foram classificados de acordo com a OMS e Anvisa (Brasil), respectivamente. A análise descritiva foi realizada no SPSS 23.0. Adotou-se o nível de significância de 5%.
Resultados As prevalências de deficiência foram de 36,7% e 11,6% para mães e bebês, respectivamente. A mediana de iodo nas amostras de urina foi de 123,8µ/L (30,7-443,4) para mães e 189,6µ/L (29,1-1601,4) para bebês. O valor médio de iodo na água foi de 6,9 µ/L (±2,4), no sal (n=72) foi 24,5mg/Kg (±6,9) e nos temperos (n=50) 8,5mg/Kg (±5,9). Ainda, 6,9% (n=5) das amostras de sal apresentaram teor de iodo inadequado. O aumento na idade do lactente (OR = 0,929, 95% CI 0,883-0,979), do período interpartal (OR = 0,985, 95% CI 0,972-0,998) e na renda (OR = 0,996, 95% CI 0,992-0,999), reduziu as chances de deficiência de iodo nas nutrizes.
Conclusões/Considerações O grupo materno-infantil permanece com insuficiência na ingestão de iodo, considerando a iodúria das nutrizes. A prevalência inadequação nos lactentes foi menor, com alguns valores de iodúria muito elevados, sem associação com a iodúria materna. Evidencia-se a necessidade de implementar pontos de corte específicos para identificar o consumo excessivo de iodo em nutrizes e lactentes.
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