SA1.2 - SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E VIGILÂNCIA (TODOS OS DIAS)
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43501 - DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E LEISHMANIOSE CUTÂNEA EM COMUNIDADES RURAIS DO BAIXO SUL DA BAHIA CLARICE SANTOS MOTA - UFBA, GISELA NAIARA DOS SANTOS - UFBA, LENY ALVES BOMFIM TRAD - UFBA, SAULO SILVA MOREIRA - UFBA, CAMILA DOS SANTOS SOUZA ANDRADE - UFBA
Apresentação/Introdução A Leishmaniose Cutânea é uma doença que afeta regiões mais empobrecidas do planeta e sua ocorrência depende de processos de determinação ambientais, sociais e econômicos. As reflexões que trazemos aqui emergem do Projeto ECLIPSE Empoderando pessoas com Leishmaniose Cutânea: Pesquisa e Programa de intervenção para melhorar os itinerários do paciente e reduzir o estigma por meio do engajamento comunitário
Objetivos Compreender, a partir do caso da Leishmaniose Cutânea, o entrelaçamento entre os modos de sociabilidade das zonas rurais e os impactos trazidos pelas mudanças ambientais oriundas do modelo de desenvolvimento contemporâneo.
Metodologia Trata-se de uma pesquisa e intervenção de caráter internacional e transcultural destinado a contribuir com a melhoria da saúde das pessoas afetadas pela LC através de ações de pesquisa, incluindo entrevistas semi-estruturadas, grupos focais e rodas de conversa no intuito de compreender as experiências de pessoas com Leishmaniose Cutânea. No eixo da intervenção, o projeto lança mão dos princípios da Educação Popular de base Freireana para condução metodológica deste projeto, com vistas a disseminar informação e conscientização para redução de estigma associado a este agravo e construir estratégias coletivas de enfrentamento do problema.
Resultados Por ser uma doença zoonótica, transmitida através da picada do flebótomo, conhecido na região como “mosquito-palha”, torna-se imperativo compreender as mudanças ambientais que ocorrem no território associadas aos surtos epidêmicos. Observou-se que deixaram de ser roças de agricultura familiar para se transformarem em ciclos de monocultura de banana e cacau, trazendo grande impacto ambiental e social na vida de famílias agricultoras que são as mais afetadas pela LC. Alterar essa realidade macroestrutural requer vontade política e um modelo de (des) envolvimento menos centrado na produtividade e mais ocupado com a vida das pessoas e dos outros seres que co-habitam esses territórios.
Conclusões/Considerações O Projeto ECLIPSE deverá contribuir para a democratização do acesso a informação sobre a doença, criando meios para que a comunidade possa identificar os sinais da doença, construir práticas de prevenção e promoção da saúde. Uma vez diagnosticado o agravo, o projeto deverá contribuir para diminuir as barreiras de acesso ao tratamento, atuando em mediação com os serviços de saúde que prestam assistência a esta população.
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