Sessão Assíncrona


SA1.2 - SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E VIGILÂNCIA (TODOS OS DIAS)

42620 - PROJETO PILOTO DE OVITRAMPAS PARA CAPTAÇÃO DE OVOS NA PERSPECTIVA DO CONTROLE VETORIAL DA ÁREA DE PLANEJAMENTO5.2, MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
PAULO FURTADO FONTES - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, SILVIO GOMES DE OLIVEIRA - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, SIMONE SILVA BAPTISTA - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, SANDRA DA CONCEIÇÃO SANTOS - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, MALENA FARIAS SANTA ANNA - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, CAROLINA DE ASSIS RAMOS - IMS / UERJ, FRANK HENRIQUE BUENO - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, GILSON RIBEIRO LOPES - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, AFONSO CELSO CASTRO DO AMARAL - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS, LUANA DA SILVA ANJOS - PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO/SMS


Período de Realização
Foi iniciado em 2019 e está em vigor até a presente data, na CF Sônia Maria Ferreira Machado.

Objeto da experiência
O controle vetorial do aedes aegypti, através da captação de ovos, por meio de instalação periódica de ovitrampas, no território da Unidade de Saúde.

Objetivos
Reduzir a infestação do vetor e consequentemente as notificações de arboviroses. Monitorar a densidade de ovos depositados e acompanhar a dispersão do mosquito no ambiente. Identificar o vetor circulante na área. Minimizar o uso de inseticidas, amenizado o impacto causado ao meio ambiente.

Metodologia
A Clínica da Família Sônia Maria foi escolhida para a implantação do projeto piloto por ter sido o território com mais notificações de Arboviroses no ano de 2019. As armadilhas são instaladas num raio de 50 metros com distância aproximada de 100 metros entre as mesmas, totalizando 214 ovitrampas. A instalação e retirada é realizada semanalmente pelos agentes de vigilância em saúde, que recolhem as palhetas e enviam ao laboratório entomológico para a contagem dos ovos e análise das larvas.

Resultados
As ovitrampas são utilizadas como forma de monitoramento do mosquito em vários municípios, sendo livres de patente e economicamente viáveis. A experiência verificou que a armadilha poderia ser utilizada também como forma de controle. Até final de 2021 foram retirados do ambiente 1.132.058 ovos, impedindo a proliferação do vetor. Houve uma redução de mais de 90% nas notificações de dengue na área de 2019 para 2020, segundo o tabnet.rio. Nos anos subsequentes as notificações permaneceram baixas.

Análise Crítica
O sucesso se dá pelo compromisso dos agentes de vigilância em saúde que atuam no campo e no laboratório entomológico que entendem a importância do projeto para o controle vetorial. O material de uso possui um custo relativamente baixo, são utilizados reservatórios plásticos pretos, lâminas de Eucatex e levedo de cerveja. Na rotina operacional de visita domiciliar, constata-se que em vários territórios o agente de vigilância não encontrou foco, mas as armadilhas capturaram ovos no mesmo período.

Conclusões e/ou Recomendações
Apesar da redução das notificações nos anos analisados, faz-se necessário um aprofundamento dos estudos, devido o período pandêmico, que interferiu na busca dos usuários por assistência a saúde. Neste período em que os agentes tiveram limitações sanitárias para a execução do trabalho de rotina, se restringindo a inspeção peridomiciliar, as ovitrampas foram de suma importância para o controle vetorial.