Sessão Assíncrona


SA1.2 - SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E VIGILÂNCIA (TODOS OS DIAS)

40995 - DESASTRE NATURAL NO VALE DO JIQUIRIÇA, BAHIA, DEZEMBRO DE 2021 A JANEIRO DE 2022: RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
ANALY MARQUARDT DE MATOS - NRS LESTE-SESAB, AILDES GEORGEA FERNANDES DE ALMEIRA COSTA - NRS LESTE-SESAB;, LEILA ANDRADE LEMOS - NRS LESTE-SESAB;, LEILMA REBOUÇAS BASTOS BORGES - NRS LESTE-SESAB;, NÚBIA VALÉRIA SANTOS SOBRAL - NRS LESTE-SESAB, RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA DE CARVALHO SAUER - NRS LESTE-SESAB, RADAMAN DE SOUZA BARRETO - NRS LESTE-SESAB


Período de Realização
Entre dezembro /2021 a janeiro /2022

Objeto da experiência
Desastres constituem-se ameaças à vida e causam danos ao bem-estar físico, social e ambiental de populações e ao funcionamento dos serviços básicos e de saúde.

Objetivos
Objetiva-se relatar experiência de atuação de equipes de vigilância em saúde frente aos riscos decorrentes de inundação fluvial e deslizamentos que atingiram quatro municípios contíguos, de pequeno porte populacional, no Vale do Jiquiriçá, Ba, entre Dez/2021 e Jan/2022.

Metodologia
O trabalho de campo se deu em contexto de limitações de acessos por barreiras nas estradas, danos à rede de dados, telefonia e elétrica. Informações coletadas em campo foram sistematizadas em planilhas padronizadas, e compartilhadas em nuvem entre os profissionais envolvidos.

Resultados
Considerando que a rede pública de saúde foi afetada (10 USFs, 01 laboratório de análises clínicas, 01 policlínica, 02 sedes de Secretarias Municipais de Saúde, 01 central de regulação e 02 hospitais), houve redução da capacidade de resposta em nível local, exigindo articulações interinstitucionais. Atuaram em conjunto gestores e profissionais da vigilância em saúde das Secretarias de Saúde do Estado e Municípios afetados, com apoio do Ministério da Saúde, Força Nacional do SUS e OPAS.

Análise Crítica
Foram registrados 3.374 desabrigados, 6.434 desalojados, 11 abrigos, interrupção no abastecimento de água potável. Das 48 amostras de água coletadas, 25 apresentaram-se insatisfatórias. A vigilância epidemiologica ocorreu através de busca ativa em unidades assistenciais e abrigos. 91% das notificações em geral foram de síndrome gripal (SG), com taxa de incidência de 697,88 casos por 10.000 habitantes em um dos municípios. Houve surto de doença diarreica aguda em um abrigo.

Conclusões e/ou Recomendações
Foram prioritárias a sistematização dos danos e necessidades; fornecimento de medicamentos e insumos; emissão de alertas ; apoio institucional para comitês operativos de emergência em saúde e elaboração dos planos de preparação e respostas. Os efeitos das mudanças climáticas e seus impactos na saúde coletiva exigem atuações integradas de instituições com disponibilidade de equipes para ampliação da atuação e fortalecimento das redes de atenção em saúde.