SA1.2 - SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E VIGILÂNCIA (TODOS OS DIAS)
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39355 - UMA VERDADE MAIS QUE INCOVENIENTE: QUANDO AS AÇÕES DE POLÍTICAS PÚBLICAS NÃO ACOMPANHAM A EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA BACTERIANA LEVY ASSIS DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA, MARCELA CAMPANHARO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA, MARCOS ANDRÉ BRAZ VAZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Apresentação/Introdução Na vasta biodiversidade do Brasil, as bactérias resistentes aos antimicrobianos podem circular entre seres humanos e animais por diferentes mecanismos: Alimentação, água e meio ambiente. O uso indiscriminado de antimicrobianos pode ocasionar a contaminação desses e aumentar a pressão seletiva de bactérias resistentes. E isso é um problema de saúde pública de relevância mundial.
Objetivos Analisar o perfil epidemiológico de bactérias resistentes aos carbapenêmicos em amostras clínicas de Rondônia. E descrever políticas públicas criadas frente à resistência bacteriana no Brasil.
Metodologia Foi realizada a compilação de resultados de exames microbiológicos do Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia – LACEN/RO no período de 2018 a 2021, por meio do Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL, selecionando o relatório de resistência e utilizando o filtro ertapenem, imipenem e meropenem. Foram calculadas as porcentagens baseadas nas frequências de ocorrências de resistências bacterianas e organizadas por filo, classe, família e espécies. Quanto às Políticas Públicas, foi realizado uma revisão bibliográfica em periódicos e nas principais páginas de internet dos órgãos públicos como Ministério da Saúde, ANVISA, FIOCRUZ, OPAS e OMS.
Resultados Em Rondônia o aumento de resistência bacteriana no período analisado foi 70,18%. Foram identificadas 15 espécies não descritas em relatórios e bancos microbiológicos públicos e em 23 espécimes foram detectados genes codificadores de resistência. De 1998 a 2021, foram identificadas cinco iniciativas de políticas públicas frente a essa problemática entre eles está o Plano Nacional de Prevenção a Resistência aos Antimicrobianos e o Plano de Contingência Nacional para Infecções causadas por Microrganismos Multirresistentes em Serviços de Saúde. Apesar disso, o Brasil não possui centralizada as informações reais da biodiversidade de bactérias resistentes com seu respectivo perfil molecular.
Conclusões/Considerações A biodiversidade de bactérias resistentes aos carbapenêmicos é maior do que a relatada em boletins epidemiológicos e os genes móveis responsáveis por essa resistência é observado inclusive em diferentes classes. Precisamos de ações de Políticas Públicas eficientes e eficazes, preferencialmente dentro da perspectiva de Saúde Única. E nos Boletins Epidemiológicos deveriam constar a biodiversidade e variabilidade genética de bactérias resistentes.
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