SA1.2 - SANEAMENTO, MEIO AMBIENTE E VIGILÂNCIA (TODOS OS DIAS)
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38784 - EDUCAÇÃO NA SAÚDE, VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA À ESPOROTRICOSE FELINA E HUMANA EM PIRAQUARA, PARANÁ. FERNANDA PAULA DA SILVA TORRES - UFPR, TISSIANE PAULA ZEM IGESKI - PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, POLIANA VICENTE DE SOUZA - UFPR, ELIZABETE JAVOROUSKI - PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, FERNANDA DAHER SABATIN MACHADO - PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRAQUARA, INGRIDY FHADINE HARTMANN - UFPR, MÁRCIA OLIVEIRA LOPES - UFPR
Período de Realização A experiência iniciou-se em abril de 2021 e segue sendo vivenciada no município.
Objeto da experiência Ações de educação, vigilância e assistência à Esporotricose felina e humana.
Objetivos Apresentar as ações de educação, vigilância e assistência em saúde felina e humana no município de Piraquara/PR, com vistas a identificar, avaliar, monitorar e assistir os casos de Esporotricose, fortalecendo a vigilância epidemiológica nas tomadas de decisões e contenção do avanço da doença.
Metodologia Com a criação da Seção de Atendimento à Esporotricose (SAE), registra-se casos suspeitos via unidade de saúde e ouvidoria municipal. Médicas veterinárias atuantes nas equipes do Núcleo Ampliado à Saúde da Família e Atenção Primária (eNASF-AP) realizam visita domiciliar, orientam os tutores e fornecem itraconazol para tratar o animal. Tutores acometidos são encaminhados às Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) são realizadas para as equipes de saúde das UBS.
Resultados Em 2021 houve aumento de 231% e 800% de casos notificados para Esporotricose felina e humana, respectivamente, comparados ao ano anterior. O fornecimento dos medicamentos resultou em 54,8% de felinos curados. Todos os tutores acometidos curaram-se. Observou-se que 38,89% dos profissionais de saúde das UBS do município desconheciam a doença. O aumento dos registros dos casos sugere que a falta de notificação seja decorrente da falta de informações sobre a doença pela população e equipes de saúde.
Análise Crítica A Esporotricose é uma zoonose negligenciada, que necessita de uma abordagem de Saúde Única. A implantação da SAE foi fundamental na organização de protocolos, no rápido retorno à população, que somada as ações de EPS contribuíram para o aumento nos registros dos casos e intervenções sobre a propagação da doença. Entretanto, torna-se necessário na rotina desse enfrentamento, uma maior integração entre as Secretarias envolvidas, com ações sobre o meio ambiente e a posse responsável de animais.
Conclusões e/ou Recomendações As ações de educação, vigilância e assistência à Esporotricose realizadas pela SAE, além de consideradas um marco na história do município, contribuíram para o fortalecimento das tomadas de decisões e contenção da doença pela vigilância epidemiológica municipal. Os serviços permanecem ativos e engajados, uma vez que a doença passou a ser considerada de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados em todo estado do Paraná.
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