Sessão Assíncrona


SA1.1 - SAÚDE E AMBIENTE: AGENTES, PROCESSOS, RESISTÊNCIAS E INSURGÊNCIAS (TODOS OS DIAS)

44654 - LUTA CONTRA O AGRONEGÓCIO PELA A VIDA, ÁGUA E O BEM VIVER NO BAIXO JAGUARIBE, CEARÁ: UMA EXPERIÊNCIA DE VIGILÂNCIA POPULAR
SAULO DA SILVA DIÓGENES - TRASSUS-UFC E UNILAB, FERNANDO FERREIRA CARNEIRO - FIOCRUZ CEARÁ E GT DE SAÚDE E AMBIENTE ABRASCO, ANA CLÁUDIA DE ARAÚJO TEIXEIRA - FIOCRUZ CEARÁ, LUIZ RONS CAÚLA DA SILVA - FIOCRUZ CEARÁ, FLORA VIANA ELISEU DA SILVA - FIOCRUZ CEARÁ, ELINE MARA TAVARES MACEDO - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO CEARÁ, ANTÔNIA MÁRCIA XAVIER - CERESTA ZÉ MARIA DO TOMÉ, REGINALDO FERREIRA DE ARAÚJO - MOVIMENTO 21, ALINE DE SOUSA MAIA - CARITAS LIMOEIRO DO NORTE E MESTRADO ACADÊMICO INTERCAMPI EM EDUCAÇÃO E ENSINO, MAXMIRIA HOLANDA BATISTA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PUBLICA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ


Apresentação/Introdução
Refere-se às experiências selecionadas pela pesquisa-ação sobre “Vigilância Popular da Saúde, Ambiente e Trabalho (VPSAT): comunidades, SUS e pesquisadores na defesa da vida de populações vulnerabilizadas por meio de um participatório”, desenvolvida por agricultores tradicionais de Limoeiro e Tabuleiro do Norte no Ceará contra o avanço do agronegócio, pela a vida, água e o bem viver.

Objetivos
Reconhecer e vivenciar o território das experiências de VPSAT “Vigilância popular no Vale do Jaguaribe” e “Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) - Meu Quintal em sua Cesta” e elaborar plano de ação de VPSAT para os problemas do território.

Metodologia
Pesquisa-ação cuja atividade de campo para acompanhamento da experiência no território do Vale do Jaguaribe ocorreu em 06 e 07/06/2022. No primeiro dia, foi realizado um percurso pelo território e, no segundo dia, uma oficina com cerca de 50 pessoas, que percorreram cinco trilhas que analisaram a experiência de VPSAT, a partir de questões orientadoras. As reflexões foram compartilhadas em plenária e expressas artisticamente em uma bandeira de tecido. Elaborou-se um plano de ação com base nas dificuldades enfrentadas e como elas foram ou poderiam ser superadas, nas conquistas alcançadas e sobre o que pode ser feito pela comunidade e o poder público para a defesa da vida no território.

Resultados
A experiência compreende o fortalecimento de associações e escolas do campo, atos e audiências públicas, denúncias e anúncios por estudos e materiais audiovisuais. Agricultores tradicionais, instituições de ensino e pesquisa, organizações civis e religiosas e mandatos populares realizam a experiência contra o agronegócio por um território sem agrotóxicos, nem sementes transgênicas, pelo acesso à água e o bem-viver. No plano de ação, priorizou-se a saúde das famílias agricultoras, análise de agrotóxicos na água, a comunicação popular e em redes sociais, campanha para evitar venda de terras, fiscalização ambiental, luta pelo acesso à água e à terra e ocupar espaços de controle social.

Conclusões/Considerações
Há o protagonismo dos agricultores nessa experiência de VPSAT. A geração dos dados sobre o uso da água subterrânea, uso de agrotóxicos e avanço do agronegócio se dá por monitoramento participativo com tecnologias acessíveis e produção de conhecimento compartilhado com a academia, os movimentos sociais e entidades da sociedade civil e religiosa e mandatos populares. Há dificuldades na articulação com o SUS, a despeito da atuação do CERESTA.