Sessão Assíncrona


SA1.1 - SAÚDE E AMBIENTE: AGENTES, PROCESSOS, RESISTÊNCIAS E INSURGÊNCIAS (TODOS OS DIAS)

44435 - EXPERIÊNCIA DE VIGILÂNCIA POPULAR FRENTE AOS IMPACTOS CAUSADOS PELA CARCINICULTURA, EÓLICAS E CAGECE: O CASO DO QUILOMBO DO CUMBE, ARACATI-CE
ANA CLÁUDIA DE ARAÚJO TEIXEIRA - FIOCRUZ CEARÁ, FERNANDO FERREIRA CARNEIRO - FIOCRUZ CEARÁ, JOÃO LUÍS JOVENTINO DO NASCIMENTO - ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA DO CUMBE, SAULO DA SILVA DIÓGENES - UFC E UNILAB, LUIZ RONS CAÚLA DA SILVA - FIOCRUZ CEARÁ, FLORA VIANA ELIZEU DA SILVA - FIOCRUZ CEARÁ, FRANCISCO JOSÉ BARBOSA - FIOCRUZ CEARÁ, RONALDO GONZAGA DA SILVA - ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA DO CUMBE, CLEOMAR RIBEIRO DA ROCHA - ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA DO CUMBE, LUCIANA DOS SANTOS DE SOUSA - ASSOCIAÇÃO QUILOMBOLA DO CUMBE


Apresentação/Introdução
A experiência “Vigilância Popular da Saúde, Ambiente e Trabalho frente aos impactos causados pelos empreendimentos econômicos: CAGECE, Carcinicultura e Eólicas desenvolvida no Cumbe, Aracatí-CE selecionada pelo Participatório em Saúde traz o protagonismo popular na luta pela regularização do território quilombola e frente aos impactos causados pelos empreendimentos ao modo de vida da comunidade.

Objetivos
Conhecer a experiência selecionada pelo Participatório e elaborar um plano de ação de VPSAT voltado para os problemas do território quilombola.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa-ação, tendo sido realizada em 8 e 9/06/2022, visita para reconhecimento do território quilombola e uma oficina com a comunidade para análise da experiência de VPSAT. Os participantes foram divididos em cinco grupos para discutir sobre a experiência, a partir de questões problematizadoras. As reflexões sobre a experiência foram expressas por meio de desenhos artísticos em uma mandala e compartilhadas em plenária. Foi elaborado um plano de ação com enfoque para os problemas do território, considerando as dificuldades e como superá-las, conquistas e como expandir, potencializar e dar continuidade a experiência.

Resultados
Desde 1996, que os quilombolas do Cumbe vêm se organizando para enfrentar e denunciar as violações de direitos ocasionados pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE), a carcinicultura e as usinas para geração de energia eólica. Os quilombolas pescadores/as do Cumbe tem desenvolvido diversas estratégias de lutas políticas para avançar com o processo de fortalecimento da identidade quilombola pesqueira e regularização fundiária do território tradicional. Estes aspectos e os impactos socioambientais causados pelos empreendimentos foram priorizados como ações a serem contempladas no plano de ação.

Conclusões/Considerações
Diversos indicadores de Vigilância Popular da saúde ambiente trabalho foram produzidos no processo envolvendo modificações na fauna, flora e aspectos geológicos que soam como alarme para a execução da vigilância popular pela comunidade.