SA1.1 - SAÚDE E AMBIENTE: AGENTES, PROCESSOS, RESISTÊNCIAS E INSURGÊNCIAS (TODOS OS DIAS)
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44411 - O ATRAVESSAMENTO ENTRE SAÚDE COLETIVA E AGROECOLOGIA: UM OLHAR DOS RESIDENTES DA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO KALYNE CUNHA ALVES DE OLIVEIRA - UPE, GUSTAVO DA SILVA CÂNDIDO - UPE, THALITA ANALYANE BEZERRA DE ALBUQUERQUE - UPE, ANDRÉ MONTEIRO COSTA - IAM/FIOCRUZ, WANESSA DA SILVA GOMES - UPE
Período de Realização As atividades ocorreram de março de 2021 a maio de 2022, em comunidades quilombolas de Garanhuns/PE.
Objeto da experiência Relatar a vivência dos residentes do PREMISCA no processo de implementação do programa de fomento rural nas comunidades quilombolas de Garanhuns-PE.
Objetivos Descrever e problematizar a relevância da intersetorialidade para o enfretamento de problemas atravessados em várias políticas públicas, sobretudo refletindo a articulação intersetorial e a reflexão teórico-metodológica entre as interfaces dos campos da saúde coletiva e da agroecologia.
Metodologia Consiste em apoio aos técnicos da Secretaria de Desenvolvimento e Agricultura/SDA de Garanhuns/PE, na construção compartilhada de saberes, a partir de perspectiva intercultural. Elaboração e execução do projeto produtivo, de forma participativa, com grupos de 20 famílias quilombolas de cada um dos seis Quilombos de Garanhuns/PE, que são beneficiados pelo programa da SDA. Esse projeto pretende ampliar e diversificar a produção de alimentos ou outras atividades que ampliem a renda familiar.
Resultados Foram construídos projetos baseados nas atividades da agricultura familiar baseadas na agroecologia e/ou na criação de animais já realizadas pelas famílias. E também serão fortalecidos os laços entre os técnicos e as famílias quilombolas participantes, a partir de visitas domiciliares regulares para o devido acompanhamento social, nutricional e produtivo, a partir das perspectivas agroecológicas e interculturais.
Análise Crítica Processos de articulação intersetorial e intercultural, embora seja um desafio e muitas vezes difícil de ser construída, é necessária para a construção compartilhada de melhorias na qualidade de vida e na reprodução dos modos de vida, para e com as comunidades. O campo da saúde coletiva e da agroecologia devem andar juntos, e essa compressão nas práticas e ações fez todo o sentido no olhar dos residentes em saúde, principalmente no que tange o conceito de promoção da saúde e construção coletiva.
Conclusões e/ou Recomendações O processo de conviver e aturar nos territórios de comunidades tradicionais, em outros espaços para além da saúde vivenciado pelos residentes do 2° ano do PREMISCA vem contribuindo para uma formação diferenciada e ampliando o olhar da saúde coletiva e da agroecologia, ao pensar em construir em coletivo com diversos setores governamentais e não-governamentais com vista a colocar em prática algumas políticas públicas que atravessam mais de um setor.
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