Sessão Assíncrona


SA1.1 - SAÚDE E AMBIENTE: AGENTES, PROCESSOS, RESISTÊNCIAS E INSURGÊNCIAS (TODOS OS DIAS)

42230 - SABERES, PRÁTICAS POPULARES E AGROECOLOGIA NA PROMOÇÃO DO BEM VIVER COMUNITÁRIO E DO CUIDADO EM SAÚDE, EM TERRITÓRIOS DAS POPULAÇÕES DO CAMPO E DAS ÁGUAS NO NORDESTE
CARLOS ANDRÉ MOURA ARRUDA - FIOCRUZ CE E SESA/CE, VANIRA MATOS PESSOA - FIOCRUZ CE, ROJANE ALVES DOS SANTOS - MMRT-NE, FERNANDO FERREIRA CARNEIRO - FIOCRUZ CE, ANA CLÁUDIA DE ARAÚJO TEIXEIRA - FIOCRUZ CE, RENATA CASTELO DA NÓBREGA - FIOCRUZ CE E SMS/FORTALEZA, RICARDO WAGNER FERNANDES - FIOCRUZ CE E MST, FLORA VIANA ELIZEU DA SIVA - FIOCRUZ CE, ALISSAN KARINE LIMA MARTINS - FIOCRUZ CE E URCA, RAQUEL DANTAS PINHEIRO - FIOCRUZ CE


Apresentação/Introdução
A promoção da saúde realizadas por comunidades é fundamental para avançar na Atenção Primária à Saúde (APS) de base comunitária, compreendendo a cultura, a família, o território e o modo de vida. Esta experiência versa sobre saberes e práticas promotoras de saúde e vida, envolvendo: saúde e ambiente e agroecologia desenvolvidas pela juventude rural.

Objetivos
Apreender as percepções de comunidades, lideranças e trabalhadores da saúde e acerca do cuidado em saúde, promoção da saúde, saberes populares, agroecologia e saúde e ambiente em territórios do campo, da floresta e das águas.

Metodologia
Trata-se de um pesquisa-ação, envolvendo as comunidades e organizações sociais populares. A produção dos dados ocorreu em três momentos: o cadastro da experiência pela comunidade voluntariamente no site do SERPOVOS, a realização de visita de reconhecimento do território pelos pesquisadores e oficina na comunidade do Sítio Coqueiro, Itapipoca/Ceará em abril/2022, que contou com 19 participantes. Na oficina adotou-se os princípios da colaboração e da interação entre pesquisadores e lideranças e sujeitos da comunidade, sendo utilizada uma metodologia participativa e colaborativa por meio da problematização e atividades em grupos, respeitando-se todos os aspectos éticos.

Resultados
Destaca-se que a experiência contribuiu no fortalecimento dos vínculos comunitários e da cultura local, além de fortalecer com o afeto e cuidado na promoção à saúde. Afirmou-se que o cuidado em saúde é olhar para o território para além da doença e que a saúde é, antes de tudo, bem viver. Observou-se, nas falas, que ainda falta estrutura para a equipe de saúde da família atender as necessidades e demandas da comunidade de forma adequada, sendo insuficiente nessa assistência. Para inovar no cuidado em saúde junto com a população é necessário criar um conselho territorial, formação permanente de profissionais e trabalhadores da saúde e ações participativas junto com a comunidade.

Conclusões/Considerações
Garantir práticas e políticas públicas que assegurem o bem viver é garantir o cuidado. Esta experiência potencializa a valorização dos territórios, a luta em manter os saberes ancestrais e populares que sempre promoveram seu sustento e sobrevivência de forma saudável, respeitando o meio-ambiente e mostrando a necessidade de união entre as pessoas da comunidade para garantia de seus direitos.