Sessão Assíncrona


SA1.1 - SAÚDE E AMBIENTE: AGENTES, PROCESSOS, RESISTÊNCIAS E INSURGÊNCIAS (TODOS OS DIAS)

41819 - SEGURANÇA NO TRABALHO RURAL NA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS
NAIANE LELES CALISTRO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, MONALISA ROCHA DE CAMPOS CHAVES - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, RAYSSA ILAN DUARTE POLETTO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, MARIA CLARA PEREIRA LEITE - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, MICHELE DE ALMEIDA HORA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, BEYBY KERLIN KARINI DE SOUZA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO


Período de Realização
Treinamentos referentes à NR 31.12, para trabalhadores rurais de maio de 2020 a maio de 2022.

Objeto da experiência
Profissionais que atuam diretamente na manipulação de agrotóxicos e que residem em propriedades rurais do agronegócio do estado de Mato Grosso.

Objetivos
Relatar os impactos das atividades de aplicação de agrotóxico para o aumento do índice agravamento na saúde física e mental e quais estratégias utilizadas para controlar as intoxicações agudas e afastamentos por doenças ocupacionais dos trabalhadores rurais.

Metodologia
Trata-se de um relato de experiência de uma Engenheira de Segurança no Trabalho ocorrido no mês maio de 2020 a maio de 2022, totalizando 78 treinamentos realizados em fazendas do agronegócio que cultivam milho, soja, algodão e cana-de-açúcar no interior do estado de Mato Grosso, com trabalhadores que estão expostos à agrotóxicos de forma direta e/ou indireta, tanto na sua manipulação como na aplicação mecanizada e que em algum momento sofreram reações adversas a exposição desses produtos químicos.

Resultados
Evidenciou-se um baixo nível de escolaridade, falta de compreensão sobre os efeitos químicos, a curto, médio e longo prazo, precariedades no ambiente de trabalho, falta condições mínimas de segurança para manipularem os agrotóxicos (Equipamentos de Proteção Individual), local de higienização e expurgo para roupas contaminadas. Os trabalhadores apontaram uma correlação entre a exposição (especialmente direta) aos agrotóxicos e o desenvolvimento de dermatites, náuseas, desmaios, alergias, entre outros.

Análise Crítica
As fragilidades supracitadas, revelam a deficiência das empresas em atender as normas de higiene e segurança; negligencia-se o período de troca e higienização desses materiais, reduzindo o nível de segurança que se espera durante a realização das atividades, bem como, a aquisição e distribuição incorretas. Além disso, as aplicações dos agrotóxicos são feitas com o maquinário sem cabine o qual o trabalhador fica exposto diretamente ao produto gerando consequências a saúde.

Conclusões e/ou Recomendações
Diante das análises, percebe-se que é necessária a elaboração de políticas públicas que garantam a seguridade social do trabalhador rural que perpassa a garantia de apoio financeiro, e desenvolva estratégias que possibilitem seu acesso à saúde e o devido cumprimento desses trabalhadores, tem-se que a não adesão da existência de riscos durante as atividades, reforça a necessidade de fiscalização e criação de novas estratégias para se produzir.