SA1.1 - SAÚDE E AMBIENTE: AGENTES, PROCESSOS, RESISTÊNCIAS E INSURGÊNCIAS (TODOS OS DIAS)
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39500 - AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL/RS
JACKELINE VIEIRA LIMA - UFPEL, LUIZ FILIPE DAMÉ SCHUCH - UFPEL
Apresentação/Introdução
A exposição ambiental a substâncias químicas seja no solo, no ar, na água ou nos alimentos, são considerados determinantes sociais (ou socioambientais) no processo de saúde-doença. Levantamentos de uso de agrotóxicos no Brasil foram realizados nos últimos anos. A criação do Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxicos (SIGA), no Rio Grande do Sul, permite a realização de estudos detalhados.
Objetivos
Descrever o uso de agrotóxicos no estado do Rio Grande do Sul (RS), a partir dos dados de quantidade de ingredientes ativos registrados pelo Sistema Integrado de Gestão de Agrotóxicos (SIGA).
Metodologia
As quantidades de IA (Ingredientes Ativos) foram obtidas a partir dos registros do SIGA, sistema instalado no RS em 2018. Assim, foram utilizados os exercícios de 2018 e 2019, que estavam encerrados quando os dados foram obtidos. Caracterizou-se a quantidade de agrotóxicos utilizada por Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) do RS e a distribuição de uso no território gaúcho. A estimativa de consumo foi realiza em planilho no Excel 2010. Depois de organizados os 497 municípios em suas respectivas coordenadorias de saúde estimou-se as quantidades de agrotóxico utilizada por área destinada ao plantio e número de habitantes de cada coordenadoria.
Resultados
O estado do RS consumiu 148.396,706 mil toneladas de agrotóxicos, durante os anos 2018 e 2019. Em 2018 foram 73,7 mil.t de agrotóxicos (8,12 kg/ha; 6,8 kg/habitante) e em 2019 foram 74,6 mil.t (8,23 kg/ha; 7 kg/habitante). Das 19 coordenadorias do estado, as três que apresentaram maior consumo de agrotóxicos, em quantidade absoluta, foram a 6ª, a 4ª e a 9ª CRS. Por hectare de área plantada, as CRSs que mais utilizaram produtos químicos foram a 5ª, a 7ª e novamente a 9ª CRS. Em ordem decrescente os IAs mais utilizados foram: glifosato (herbicida), mancozebe (fungicida/acaricida), 2,4-d (herbicida), paraquate (herbicida) e o acefato (inseticida).
Conclusões/Considerações
Os dois primeiros anos de exercício do SIGA registrou quantidades preocupantes de agrotóxicos, especialmente na 4 ª, na 5 ª, na 6ª, na 7ª e na 9ª coordenadoria regional de saúde. Espera-se que esta análise possa servir de base para estudos futuros, especialmente estimando o consumo entre os trabalhadores rurais. Sistemas de registros de uso de agrotóxicos como o SIGA devem ser fortalecidos e afim de aprimorar ações de vigilância em saúde.
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