Sessão Assíncrona


SA2.3 - DESAFIOS ORGANIZACIONAIS E DAS REDES PARA O SUS (TODOS OS DIAS)

44490 - PRÁTICAS DE CUIDADO À SAÚDE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA REALIZADAS POR FISIOTERAPEUTAS NA ATENÇÃO BÁSICA
BEATRIZ SANTOS MIRANDA - UFBA, MILENA MARIA CORDEIRO DE ALMEIDA - UFBA, ANA PAULA MEDEIROS PEREIRA - UFBA, MARIANA SILVA MACEDO - UFBA, AMANDA OLIVEIRA COSTA DOS SANTOS - UFBA, AYRLES SILVA GONÇALVES BARBOSA MENDONÇA - UFAM, LAÍS ALVES DE SOUZA BONILHA - UFMS, KÁTIA SUELY QUEIROZ SILVA RIBEIRO - UFPB, JORGE HENRIQUE SANTOS SALDANHA - UFBA


Apresentação/Introdução
Os profissionais da Atenção Básica (AB) devem basear suas práticas de cuidado à saúde das pessoas com deficiência (PcD) na Portaria 793/2012, que institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD), na busca por uma atenção integral. Nesse nível de atenção, o fisioterapeuta se destaca por possuir perfil generalista, sendo capaz de atuar na prevenção, promoção e reabilitação em saúde.

Objetivos
O objetivo do presente trabalho foi descrever as práticas de cuidado ofertadas pelos fisioterapeutas que atuam na AB em oito estados do país após a implementação da Portaria 793/2012 que apoia a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPCD).

Metodologia
Estudo transversal, descritivo e analítico, com dados da pesquisa Redecin-Brasil, pesquisa multicêntrica nacional, em 8 estados, representando as cinco regiões do país. A população foi uma amostra de conveniência de 55 fisioterapeutas da AB dos estados participantes. Os entrevistados foram descritos a partir do sexo, idade, formação, tempo de atuação na AB, conhecimento sobre a RCPCD e práticas de cuidado à saúde realizadas de acordo com as ações estratégicas apontadas na Portaria 793/2012. Foi realizado teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher para verificar associação entre as práticas de cuidado e o tipo de equipe que o Fisioterapeuta estava vinculado.

Resultados
A maioria dos fisioterapeutas eram do sexo feminino (74,5%) e compunha equipes do NASF-AB (70,9%). A média de idade foi 36,5 anos (± 8,4), com tempo médio de atuação na AB de 6,3 anos (± 5,7). As práticas mais realizadas foram apoiar e orientar famílias e acompanhantes (46,5%), atenção domiciliar (29,1%) e prevenção de acidentes e quedas (27,5%). O tipo de equipe foi associado com prevenção de acidentes e quedas; criação de linhas de cuidado e implementação de protocolos clínicos; e acompanhamento e cuidado à saúde na atenção domiciliar. Fisioterapeutas que atuam na AB possuem conhecimento parcial da RCPCD do município de atuação e das publicações do Ministério da Saúde.

Conclusões/Considerações
A maior parte das ações preconizadas pela RCPCD para serem desenvolvidas na AB são realizadas pelos Fisioterapeutas. Estar vinculado a um NASF-AB parece ter relação com melhor desenvolvimento das práticas recomendadas. Uma parcela importante dos Fisioterapeutas que atuam na AB não reconhecem ações com o público infanto-juvenil e de prevenção de deficiências como parte das suas atribuições na AB e ainda desconhecem as publicações sobre a RCPCD.