38974 - O PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS MULHERES CURITIBANAS EM IDADE REPRODUTIVA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: ABORDAGEM SEGUNDO O MARCADOR IVAB JULIANO MOTA VOLINGER - UNIVERSIDADE POSITIVO, CARLOS HENRIQUE SALVI - UNIVERSIDADE POSITIVO, ALICIA SILVEIRA ANTUNES - UNIVERSIDADE POSITIVO, NATHÁLIA DOS SANTOS VALVERDE - UNIVERSIDADE POSITIVO, MILENA ESPANHOLA DE SOUZA COSTA - UNIVERSIDADE POSITIVO, ANDRESSA MARIA CHULIK - UNIVERSIDADE POSITIVO
Apresentação/Introdução O Índice de Vulnerabilidade das Áreas de Abrangência das Unidades Municipais de Saúde (IVAB) é um indicador de gestão em saúde utilizado na Atenção Primária em Saúde (APS) em Curitiba. Ele leva em consideração fatores como acesso ao trabalho, renda e escolaridade. Pode-se observar, então, perfis socioeconômicos distintos a partir de IVABs distintos.
Objetivos Verificar a eficácia do IVAB como marcador do perfil socioeconômico em populações específicas e delimitadas numa capital do sul do Brasil.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo-exploratório com abordagem quantitativa, observacional de eixo transversal. Como ferramenta de coleta de dados foi utilizado um questionário elaborado pelos autores composto por questões socioeconômicas como IVAB da unidade de saúde associada, idade, escolaridade, renda, cor, dentre outras. Ao total foram entrevistadas presencialmente 384 usuárias da APS do município de Curitiba com idade entre 18 e 49 anos. A mesma foi aprovada pelo CEP-UP e todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Resultados Foram entrevistadas 384 usuárias da APS, divididas igualmente em grupos de IVAB alto e baixo (192 alto e 192 baixo); média de idade 32 anos. Em ambos os grupos prevaleceram brancas, seguidas de pardas e pretas. No grupo de alto IVAB, 14,1% não possuíam escolaridade, 17,7% possuíam ensino fundamental, 56,3% ensino médio e 18,2% estavam desempregadas. Essas mesmas taxas, no grupo de baixo IVAB, foram de 1,6, 8,9, 62 e 7,8%. Renda familiar no grupo de alto IVAB, tem-se que 12,9% ganham menos que 1 salário-mínimo, 62,9% ganham entre 1 e 3 salários, 22,5% ganham entre 3 e 6 e 1,7% ganham mais que 6 salários, sendo que no grupo de baixo IVAB essas mesmas taxas foram de 2,7, 43, 29,6 e 24,7%.
Conclusões/Considerações Unidades de Saúde de IVAB alta, quando comparada às de IVAB baixa, apresentam 9x mais usuárias sem escolaridade, o dobro de mulheres com apenas ensino fundamental e metade com o superior. Ainda, possuem 5x mais mulheres que recebem menos de um salário-mínimo. Os dados obtidos condizem com o esperado na utilização do IVAB, mostrando-se um bom marcador do perfil socioeconômico mesmo em recortes populacionais.
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