Sessão Assíncrona


SA2.2 - DESAFIOS NA FORMULAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DAS POLITICAS PUBLICAS (TODOS OS DIAS)

42933 - MORTALIDADE POR CANCER DE COLON E RETO NO BRASIL E SUAS REGIÕES: UMA ANALISE DE TENDENCIA TEMPORAL DE 2006 A 2020
ANDREA ALMEIDA TOFANI - INSTITUTO MEDICINA SOCIAL, MARCIO CANDEIAS MARQUES - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL, MARINA RODRIGUES DE ALMEIDA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL, MARCUS VINICIUS BARBOSA VERLY-MIGUEL - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL, PATRÍCIA MOREIRA DOS SANTOS MENEZES REZENDE - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL, VIVIANE AZEVEDO DA NOBREGA - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL, TATIANA HENRIQUES LEITE - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL


Apresentação/Introdução
Câncer de cólon e reto (CCR) é um dos três tipos mais frequentes de neoplasia, responsável pela segunda maior taxa de mortalidade para ambos os sexos, no Brasil. A fim de reduzir as taxas de mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), em 2011 o Brasil lançou um Plano de Ações para redução de 2% ao ano e a OMS, em 2013, com o objetivo de redução em 25% entre 2013 e 2020.

Objetivos
1) Analisar a tendência temporal de mortalidade por CCR no período de 2006-2020, em ambos os sexos, no Brasil e 5 macrorregiões. 2)Avaliar o cumprimento das metas propostas pelos Planos de Ação de 2011 e 2022 no Brasil e suas 5 macrorregiões.

Metodologia
Foi realizado um estudo ecológico de séries temporais utilizando as taxas de mortalidade prematura padronizada por idade (método direto, referência censo 2010) de CCR para o Brasil e suas regiões. A mortalidade prematura foi calculada com dados do numerador obtidos a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e denominador a partir dos dados do IBGE de projeção da população no período de 2006 a 2020. A tendência foi estimada por um modelo de regressão linear e análise de intervenção com modelos ARIMA. O software utilizado para análise foi o R, versão 4.2.

Resultados
A tendência de mortalidade prematura mostrou-se crescente para CCR em todas as regiões brasileiras em ambos os sexos mesmo depois da implementação do plano estratégico. Regiões Norte e Nordeste apresentaram menores taxas e maiores tendências de crescimento. Em relação ao sexo, as maiores taxas em todas as regiões foram encontradas para o sexo masculino, com exceção ao período de 2014 a 2019 na região Norte. A única região que atingiu a meta foi a Centro-Oeste no período de 2013 a 2014. Todas as regiões para o ano de 2019 tiveram, pelo menos, 2 pontos acima da meta na taxa de mortalidade padronizada prematura e em 2020, observou-se uma queda nas taxas em ambos os sexos em todas as regiões.

Conclusões/Considerações
A etiologia do CCR envolve fatores de risco modificáveis e diante do aumento das taxas de mortalidade prematura e o não cumprimento das metas estabelecidas nos Planos de Ação, nota-se ser imprescindível o manejo desses fatores através de ações governamentais que garantam o acesso da população ao sistema de saúde, implantação de políticas de prevenção do CCR, capacitação dos profissionais de saúde, além da reforma estrutural das unidades de saúde.