Sessão Assíncrona


SA2.2 - DESAFIOS NA FORMULAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DAS POLITICAS PUBLICAS (TODOS OS DIAS)

38328 - EDUCAÇÃO E TRABALHO POR GESTOS E AFETOS, TRANÇAS EM MOVIMENTO
ROSA GOUVEA DE SOUSA - UFSJ, RODRIGO CHAVEZ PENHA - UFSJ, PRISCILA TOTARELLI MONTEFORTE - UFSJ, ISABELA SARAIVA DE QUEIROZ - UFSJ, MARCELO DALLA VECCHIA - UFSJ, CÁSSIA BEATRIZ BATISTA - UFSJ, CARMEN MARQUES LOPES - UFSJ, VIVIANE APARECIDA DE OLIVEIRA - UFSJ, TATIANA TEIXEIRA DE MIRANDA - UFSJ


Período de Realização
Educação permanente ABRASUS ABRASUAS/NESC - gestos e afetos teve início em 2018 e segue até o presente.

Objeto da experiência
Trata-se de um projeto entre Universidade Federal de São João del-Rei e 08 Prefeituras da região de saúde Centro Sul de Minas Gerais.

Objetivos
Promover educação permanente no SUS e no SUAS na região de São João del-Rei; construir as políticas municipal e regional de educação permanente e criar os núcleos; integrar o quadrilátero da formação em saúde da região; fortalecer a preceptoria no SUS da região; promover a integração ensino-serviço

Metodologia
O programa nestes anos promoveu encontros entre trabalhadoras do SUS e do SUAS e da educação, entre atenção e gestão, de oito municípios, com participação de mais de 300 pessoas. As atividades quinzenais, entre os meses de março a dezembro, acontecem em cada município e na universidade, por processo grupal, em pequenos grupos. As dinâmicas e a temática são construídas coletivamente. Cada encontro tem duração de um turno e acontece em horário protegido, com anuência das Prefeituras.

Resultados
O programa é composto, na sua maioria, por mulheres, que atuam em diversos pontos do SUS, SUAS e Educação. Os encontros por trajetórias de educação crítica pelo trabalho reverberam por nosso cotidiano, com devolutivas sobre cuidado, estima, confronto, conhecimento e redes de afetos. Nosso pertencimento ao ABRASUS ABRASUAS foi se constituindo pela amorosidade, pela disputa em permanecermos no território, pela necessária formação de alianças e pelo reconhecimento de militarmos em defesa da vida.


Análise Crítica
Com o decorrer, houve aproximação entre as pessoas, com trocas de ideias e de demandas intra e intermunicipais, ampliando o conhecimento coletivo sobre a rede gestora e técnico-assistencial, sobre fluxos, possibilitando novas trajetórias de cuidado. Junto a isso, houve debates e críticas a certos modelos e às relações hierarquizadas dentro e fora das unidades. As coordenadoras de grupo passaram a trazer questões sobre violências relacionadas à raça, gênero, formação, trabalho e religião

Conclusões e/ou Recomendações
O sucateamento da saúde, da assistência social e da educação explicitam-se como um projeto em curso para a extinção dos sujeitos de direito. Os impactos dessa necropolítica que se volta à extinção da vida tornaram-se pautas de nosso coletivo. Para nossa re-existência, as pautas que emergem da prática, a partir do “chão”, são os fundamentos da educação pelo trabalho, nossas tranças.