SA2.1 - DESAFIOS NO CUIDADO E NAS POLITICAS PARA POPULAÇÃOES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)
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44557 - A PRODUÇÃO DE SAÚDE E BEM VIVER POR MULHERES FRENTE AO SOFRIMENTO PSÍQUICO IMIGRANTES EM TEMPOS PANDÊMICOS DANIELLE CELI DOS SANTOS SHOLZ - PPGPSI/UFRGS, SIMONE MAINIERI PAULON - PPGPSI/UFRGS, LISIANE MACHADO AGUIAR - PPGCOM/UFRR, DÁRIO FREDERICO PASCHE - PPGPSI/UFRGS, RODRIGO LAGES E SILVA - PPGEDU/UFRGS, LUAN CORREIA CUNHA SANTOS - PPGCOM/UNISINOS, PAULA DORNELAS - UFMG, HENRIQUE GALHANO BALIEIRO - PPGPSICO/PUCMG, ISADORA MANFREDI MARQUES - PSICOLOGIA/UFRGS, BRICE GAELFIE N GOUAKA BOUAHA - SAÚDE COLETIVA/UFRGS
Apresentação/Introdução Diversos fatores políticos e econômicos exacerbam a vulnerabilidade de mulheres imigrantes, já que além das dificuldades inerentes às de desterritorializações somam-se as sobrecargas das violências de gênero. Assim busca-se discutir os desafios e caminhos para produzir subsídios às políticas públicas na perspectiva do acolhimento às imigrantes em diferentes regiões do Brasil.
Objetivos Compreender o sofrimento psíquico de mulheres imigrantes nas cidades de Porto Alegre e Boa Vista, identificando estratégias de produção de saúde e resistência a fim de produzir subsídios às políticas públicas na perspectiva do bem viver às imigrantes.
Metodologia A perspectiva metodológica de Pesquisa-Intervenção Participativa será sustentada por tecnologias grupais, da Informação e Comunicação, orientando as incursões com o campo para a superação das dicotomias entre sujeito-objeto, ação-reflexão, pesquisador-pesquisado. A construção cartográfica, que deve subsidiar o acompanhamento dos processos no campo, será agenciada por oficinas e rodas de conversa, que se utilizarão de diários de campo, de narrativas visuais e textuais como ferramentas privilegiadas de trabalho.
Resultados Sendo um projeto em desenvolvimento, algumas ponderações podem ser observadas a partir da revisão bibliográfica e primeiras incursões em campo. Entre vários fatores associados à violência contra mulheres migrantes encontramos: Indocumentação (violações de direitos e impedimento de acesso a serviços); barreira linguística; ofensa verbal (por agentes de fronteira e outros); agressão física (incluindo violência sexual, estupro como arma de guerra, separação familiar); estereótipos e estigmas associados à xenofobia; riscos da revitimização no acesso a serviços, de deportação, desconfiança em relação aos serviços estatais e ausência de rede de apoio.
Conclusões/Considerações As situações de riscos associadas à imigração, tanto no país de origem, no processo de cruzamento da fronteira e na chegada ao destino, se agravam quando são mulheres em deslocamentos forçados. Para enfrentar o desafio de reconstruir as políticas públicas do país, este projeto se propõe a compor subsídios junto a mulheres imigrantes, a fim de garantir direitos à saúde dessa população historicamente tão negligenciada no Brasil.
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