SA2.1 - DESAFIOS NO CUIDADO E NAS POLITICAS PARA POPULAÇÃOES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)
|
39771 - AS CONTRIBUIÇÕES DE DAVID CAPISTRANO AO MOVIMENTO DA REFORMA PSIQUIÁTRICA RAFAEL CASALI RIBEIRO - USP, CAROLINA CARVALHO RIBEIRO - USP
Apresentação/Introdução Em tempos de (re)construção de pactos de solidariedade e políticas voltadas ao bem comum, no Brasil, recuperamos as contribuições práticas e teóricas do sanitarista David Capistrano à Reforma Sanitária e à Reforma Psiquiátrica. Voltamo-nos à compreensão situada histórica e socialmente das implicações de suas ações políticas para a Luta Antimanicomial e para o processo de construção do SUS.
Objetivos Sistematizar e elucidar as contribuições do sanitarista David Capistrano da Costa Filho - enquanto gestor e teórico do campo da Saúde Coletiva-, para os avanços da Luta Antimanicomial e do Movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil.
Metodologia A metodologia adotada nesta pesquisa foi Revisão Narrativa de Literatura. Tal método se mostrou adequado por possuir caráter amplo e por descrever e sistematizar temáticas algumas vezes construídas a partir de memórias e narrativas, a exemplo do tema deste projeto. Assim, foram realizadas buscas bibliográficas em bases de dados oficiais, literatura cinzenta e livros.Também foram realizadas Revisões Bibliográficas a respeito de temas tangentes à temática central, como a respeito do Movimento da Reforma Sanitária, de modo a situar os resultados encontrados no contexto social e político ao qual pertencem.
Resultados David encabeçou a realização do Congresso onde foi elaborado o Manifesto de Bauru, marco do Movimento da Luta Antimanicomial. Sob sua gestão também foram criados os primeiros Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS), um novo modelo de atenção para o cuidado da loucura. Em Santos, David liderou a intervenção e fechamento do Hospital Anchieta, que teve seu modelo manicomial substituído por práticas de cuidado em liberdade, através da inserção da saúde mental na vida da cidade.. Essa experiência subsidiou outras iniciativas pelo país e serviu de base para a lei 10.216/01, que fez a Reforma Psiquiátrica tornar-se um exemplo possível e executável de uma nova forma de cuidar em Saúde Mental.
Conclusões/Considerações A análise das contribuições de David ao campo da Saúde Coletiva, historicamente contextualizadas, permite perceber a pluralidade da atuação do sanitarista. Participando desde a idealização até a implantação do SUS, David destacou-se por sua liderança na elaboração de políticas públicas que posteriormente tornaram-se modelo para todo o país, pautadas na solidariedade e no bem comum.
|