38336 - ENVELHECIMENTO ATIVO ENTRE IDOSOS BRASILEIROS E INGLESES: ESTUDO LONGITUDINAL DA SAÚDE DOS IDOSOS BRASILEIROS (ELSI-BRASIL) E ENGLISH LONGITUDINAL STUDY OF AGEING (ELSA) JANDERSON DIEGO PIMENTA DA SILVA - UFMG, ISADORA VIEGAS MARTINS - UFMG, LUCIANA HELENA REIS BRAGA - UFMG, CÉSAR DE OLIVEIRA - UCL, MARIA FERNANDA LIMA-COSTA - FIOCRUZ MINAS, LUCIANA DE SOUZA BRAGA - UFMG, JULIANA LUSTOSA TORRES - UFMG
Apresentação/Introdução A promoção do Envelhecimento Ativo, definido como um processo de otimização de saúde, participação e segurança para melhorar a qualidade de vida, têm se tornado uma meta para governantes devido ao envelhecimento populacional. Estudos comparativos entre Brasil e Inglaterra, que tem sistemas públicos de saúde, podem ser úteis na compreensão dos diferentes cenários e políticas prioritárias.
Objetivos Avaliar as diferenças nos padrões dos determinantes comportamentais e de saúde do Envelhecimento Ativo entre adultos mais velhos do Brasil e da Inglaterra, utilizando dados representativos de cada país.
Metodologia Estudo transversal com base no ELSI-Brasil (2015-2016) e ELSA (2016-2017). Considerou-se determinantes comportamentais (tabagismo, inatividade física e má qualidade do sono) e de saúde (limitação das atividades de vida diária e multimorbidade), segundo a OMS. As prevalências padronizadas por idade e sexo foram calculadas para cada indicador. Para as pontuações brutas em cada grupo de determinantes somou-se os indicadores, variando de 0-1, onde pontuações mais altas indicavam piores determinantes. Em seguida, calculou-se os escores médios e seus Intervalos de Confiança de 95% por país.
Resultados Foram incluídos 16.642 participantes, 9.409 brasileiros e 7.233 ingleses. Para os determinantes comportamentais, a maior diferença entre países foi encontrada para a má qualidade do sono (20,6%), sendo uma prevalência de 45,4% (44,3-46,4) no Brasil e de 24,8% (22,4-27,2) na Inglaterra. Já para os determinantes de saúde, a maior diferença foi para a multimorbidade (8%), sendo 46,7% (45,6-47,8) no Brasil e 38,6% (36,4-40,7) na Inglaterra. Na análise dos escores calculados, o Brasil apresentou os piores escores nos determinantes comportamentais 0,34 (0,33-0,34) e de saúde 0,24 (0.23, 0.24) quando comparados com a Inglaterra respectivamente 0,19 (0,18-0,20) e 0,20 (0,19-0,21).
Conclusões/Considerações Este estudo constatou que os determinantes comportamentais e de saúde foram piores no Brasil do que na Inglaterra, evidenciando as desigualdades sociais e de saúde no Brasil. No entanto, esses achados contribuem para a elaboração de políticas públicas focadas nos determinantes com piores desempenhos para a promoção do Envelhecimento Ativo.
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