23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC2.3 - DESAFIOS NO CUIDADO E NAS POLITICAS PARA POPULAÇÃOES VULNERABILIZADAS I |
44147 - POLÍTICAS PÚBLICAS ENVOLVENDO A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL: REVISÃO DE ESCOPO FERNANDA VITÓRIA CHIRINEA DONIDA - UFSCAR, DEBORA CHERCHIGLIA DE MORAIS ARAÚJO - UFSCAR, ANELISA SOARES DE ALMEIDA - UFSCAR, FERNANDA BRADBURY - UFSCAR, DALILA VILLELA OLIVEIRA COSTA - UFSCAR, TATIANA FERRAZ DE ARAÚJO ALECRIM - UFSCAR, SIMONE TEREZINHA PROTTI-ZANATTA - UFSCAR
Apresentação/Introdução A População em Situação de Rua (PSR) é caracterizada como uma população invisibilizada e em extrema vulnerabilidade social. A Organização Mundial de Saúde tem priorizado o cuidado as populações vulneráveis, sendo assim, foram criadas políticas e programas, com destaque a Política Nacional para População em Situação de Rua, porém há lacunas em pesquisas na temática.
Objetivos Mapear a característica das produções científicas acerca das políticas públicas envolvendo a população em situação de rua do Brasil.
Metodologia Trata-se de uma revisão de escopo (JBI) utilizando a estratégia Problema, Conceito e Contexto (PCC). A questão norteadora foi: “Quais as características das produções científicas acerca de políticas públicas envolvendo a população em situação de rua do Brasil?”. Foram utilizados os descritores (P): “population groups” OR “population”; (C): “public policy” OR “public health” OR “preventive medicine” OR “social medicine” OR “health policy” OR “national health policy”;C): “homeless persons” OR “homelessness” OR “street people”, nos idiomas inglês, espanhol ou português entre os anos de 2009 e 2019. Utilizou-se um instrumento estruturado conforme JBI para extração dos dados.
Resultados Identificou-se 1.303 estudos por meio da busca nas bases de dados CINAHL, LILACS, PubMed, SCOPUS, Scielo, plataforma Web of Science e no Catálogo de Teses e dissertações da CAPES. Foram selecionados 136 artigos, após análise na íntegra, 32 foram selecionados, e desses, apenas 11 foram incluídos. As políticas públicas voltadas para a PSR ainda são escassas. Os artigos evidenciaram muitos desafios e poucas potencialidades do cuidado com a situação de rua. Dos 11 estudos selecionados, 36,6% são do ano de 2017 e apenas 9,1% são do ano de 2019. E dos 11 estudos, 45,4% foram realizados no estado de São Paulo, uma grande discrepância em comparação aos outros estados do Brasil.
Conclusões/Considerações A invisibilidade e o estigma da PSR persistem e reforçam a desigualdade social presente em nossa sociedade. Há fragilidades na implementação de serviços de saúde e sociais e na intersetorialidade entre estes, sem olhar para as especificidades que estes indivíduos exigem. Novas investigações se fazem necessárias para contribuir na melhoria da qualidade de vida, na visibilidade e mudança de indicadores de saúde da PSR.
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