Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.8 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA III

42074 - ANEMIA EM CRIANÇAS DE 6 A 59 MESES NO ESTADO DE PERNAMBUCO: AINDA UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA?
SANDRA TOUSSAINT - UFPE, JULIANA SOUZA OLIVEIRA - UFPE, PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA - UFPE, VANESSA SÁ LEAL - UFPE, MALAQUIAS BATISTA FILHO - IMIP, LEOPOLDINA AUGUSTA SOUZA SEQUEIRA DE ANDRADE - UFPE, NATHÁLIA BARBOSA DE AQUINO - UFPE, MARIA SUZANE DA SILVA BARBOSA - UFPE, LARYSSA REBECA DE SOUZA MELO - UFPE, ILMA KRUZE GRANDE DE ARRUDA - UFPE


Apresentação/Introdução
A anemia é uma condição que a concentração de hemoglobina no sangue é menor ao valor de referência, considerada importante problema de saúde pública no mundo. Interfere no desenvolvimento cognitivo, físico e imunológico, e se associa a prejuízos no desenvolvimento mental, psicomotor, desaceleração do crescimento, além de aumentar o risco da morbimortalidade, diminuindo a resistência às infecções.

Objetivos
Avaliar a prevalência de anemia e os fatores associados em crianças de 6 a 59 meses no estado de Pernambuco/PE.

Metodologia
Trata-se de um estudo transversal desenvolvido a partir da IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição de Pernambuco, realizada entre os anos de 2015/2016. A anemia foi diagnosticada pela dosagem de hemoglobina (Hb <11 g/dL). Analisou-se, por meio de Regressão de Poisson, com ajuste robusto da variância, a associação entre a anemia e condições geográficas e socioeconômicas, de habitação e saneamento, maternas e de assistência pré-natal e biológicas e estado nutricional da criança.

Resultados
Foram avaliadas 737 crianças de 6 a 59 meses. A prevalência de anemia no estado de Pernambuco, para essa faixa etária, foi de 27,0%, sendo 37,3% entre as crianças de 6 a 23 meses e 21,3% nas de 24 a 59 meses. O modelo final da Regressão de Poisson mostrou que as variáveis que se associaram a anemia em crianças de 6 a 59 meses, no estado de Pernambuco foram: tratamento da água de beber (p=0,01), idade e anemia maternas (p=0,02 e p=0,05, respectivamente) e idade da criança (p<0,001), indicando que aquelas de seis a 23 meses tiveram um risco duas vezes mais (OR = 2,16) de desenvolver anemia em comparação com as de 24 a 59 meses.

Conclusões/Considerações
Os resultados mostram que tanto os fatores maternos e biológicos, como os de saneamento influenciaram na anemia em crianças no estado de Pernambuco. Nesse sentido, torna-se necessário o fortalecimento de políticas e programas para a prevenção, controle e cuidado da anemia, bem como, ações voltadas à promoção de uma alimentação adequada e saudável para o consumo de alimentos ricos em ferro, sobretudo entre os lactentes.