Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.8 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA III

41840 - ANÁLISE ESPACIAL DAS AMPUTAÇÕES DE MEMBROS EM UM ESTADO DO NORDESTE
REGINA NUNES DA SILVA - UNCISAL, ROSÁRIO DE FÁTIMA ALVES DE ALBUQUERQUE - UNCISAL, PAULYANNE KARLLA ARAÚJO MAGALHÃES - IFAL, EWERTON AMORIM DOS SANTOS - UNCISAL, RUTH FRANÇA CIZINO DA TRINDADE - UFAL, JULIANE MARIA ALVES SIQUEIRA MALTA - HFA, MARCO ANTÔNIO PRADO NUNES - UFS, FRANCILENE AMARAL DA SILVA - UFS


Apresentação/Introdução
As DCNT representam uma delicada questão na saúde mundial devido a morbimortalidade, com 36 milhões de óbitos no mundo, principalmente por diabetes mellitus (Duncan et al., 2012; WHO, 2014). Um membro inferior é amputado a cada 30 segundos. De 60% a 80% das não traumáticas são relatadas em diabéticos e 85% são precedidos por uma úlcera no pé de cicatrização comprometida (Bal et al., 2019).

Objetivos
Analisar a autocorrelação espacial das amputações de membros e as taxas de incidência de amputação entre os municípios de Alagoas.

Metodologia
Estudo ecológico com dados do Departamento de Informática do SUS, as unidades de análise foram os municípios e a taxa de amputação. Foram incluídos casos de amputação de membros registrados entre 2007-2018. A taxa de incidência foi suavizada pelo método bayesiano local e empregou-se o índice de Moran para análise de dependência espacial no TerraView e mapas temáticos editados no QGis. Correlação de Spearman e modelo de regressão simples comparou as taxas com indicadores socioeconômicos regionais. Notificados 9345 registros de amputação no Estado. A estimativa bayesiana suavizou áreas e discriminou heterogeneidade com mais municípios de taxas elevadas e áreas de transição epidemiológica.

Resultados
De 2015-2018 foram 55,75% das amputações. A taxa de incidência média foi 145,11 amputações/100 mil habitantes. 17,65% municípios de 2007-2010 situados no sertão, agreste e leste alagoano com taxas críticas. De 2011-2014 apresenta 18,63% no agreste e leste com taxas de incidência críticas. De 2015-2018 concentram-se mais no leste alagoano, 20,60% deles taxas de incidência críticas. 19,60% taxas de incidência ainda mais críticas. Os clusters estão predominantes no leste. Indicadores socioeconômicos com correlação moderada e positiva entre IDHM, renda per capita, taxa de desemprego e a taxa de incidência de amputação. A taxa de analfabetismo masculino mostra correlação moderada e negativa.

Conclusões/Considerações
A distribuição espacial das amputações demonstrou um padrão de distribuição não homogêneo com aglomerações nas regiões do agreste e leste alagoano. Elas são as que mais sentem impacto das desigualdades na distribuição de renda, condições de educação e dificuldade de acesso aos serviços de saúde. O entendimento do crescimento geográfico das DCNT revela-as como um ponto crítico na saúde pública.