Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.8 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA III

40021 - SONOLÊNCIA DIURNA EXCESSIVA E SEVERA EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE NO CENTRO-OESTE BRASILEIRO, GOIÁS, BRASIL: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
RENATO CANEVARI DUTRA DA SILVA - UNISINOS/UNIRV, ANDERSON GARCEZ - UNISINOS/UFCSPA, MARCOS PASCOAL PATTUSSI - UNISINOS, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO - UNISINOS/UFRGS


Apresentação/Introdução
Os problemas relacionados ao sono podem ter um impacto na saúde humana e qualidade de vida. Um destes problemas consiste na sonolência diurna excessiva, caracterizada por um aumento da necessidade de dormir em momentos inapropriados ou mesmo por cochilar, involuntariamente, durante o dia. Ademais, os universitários são considerados um grupo populacional especialmente vulnerável à sua ocorrência.

Objetivos
O presente estudo teve como objetivo principal estimar a prevalência e os fatores associados à sonolência diurna excessiva em universitários da área da saúde no Centro-Oeste brasileiro.

Metodologia
Trata-se de um estudo transversal, de base universitária, com uma amostra de 1.779 acadêmicos, de ambos os sexos, matriculados nos cursos da área de saúde de uma universidade localizada no Centro-Oeste brasileiro, Estado de Goiás, Brasil, no ano de 2018. A presença de sonolência diurna (SE) foi avaliada por meio da Escala de Sonolência de Epworth, classificando-se em excessiva - SDE (ponto de corte ≥ 10) e severa - SDE-S (ponto de corte ≥ 16). Os fatores associados incluíram características sociodemográficas, comportamentais, acadêmicas, estado nutricional, relacionadas ao sono e de percepção de saúde. Para a análise dos dados utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta.

Resultados
A média de idade da amostra foi de 22,5 anos (desvio padrão = 3,84). A prevalência de SDE foi de 54,4% (intervalo de confiança [IC] 95%:51,9-56,1) e de SDE-S de 10,0% (IC95%:9,2-11,7). Após ajuste, uma maior probabilidade de ocorrência de SDE foi verificada em acadêmicos mais jovens, mulheres, que cursavam Medicina, com má qualidade do sono e naqueles que relataram constante perda de sono por uso de internet. Já a SDE-S, após ajuste, também teve uma maior probabilidade de ocorrer nas mulheres, naqueles com má qualidade do sono e estudantes do curso de Medicina.

Conclusões/Considerações
Verificou-se uma elevada prevalência de sonolência diurna nos universitários da área da saúde, em especial do curso de Medicina e em mulheres. Assim, esses achados reforçam a identificação dos universitários como um grupo populacional vulnerável e submetido à um ambiente com situações de risco para a sonolência diurna, indicando a necessidade de elaboração de programas e ações preventivas visando a sua redução e melhora da qualidade do sono.