Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.8 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA III

38562 - FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS EM USUÁRIOS DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MURIAÉ – MG
IURY ANTÔNIO DE SOUZA - FAMINAS MURIAÉ, DANIEL PAULO SILVA FRANCISCO - FAMINAS MURIAÉ, BRUNO DA COSTA MARIANO - UFJF, FÁBIO DA COSTA CARBOGIM - UFJF


Apresentação/Introdução
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) compreendem um conjunto de patologias que podem se desenvolver de forma lenta e progressiva, as quais acometem inúmeros indivíduos e podem ser influenciadas por fatores como alimentação inadequada, excesso de peso, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool, entre outros.

Objetivos
Avaliar fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis em usuários de Unidades Básicas de Saúde do município de Muriaé - MG.

Metodologia
Estudo transversal realizado nos meses de junho a agosto de 2020, mediante autorizações e aprovações necessárias (CAAE 31709020.5.0000.5105). Foram incluídos indivíduos de 18 a 80 anos, ambos os gêneros e etnias. Foram excluídas as gestantes, indivíduos com necessidades especiais, com diagnóstico de DCNT e que não souberam autorrelatar o seu peso e altura. Foi utilizado um questionário estruturado composto por questões sobre dados sociodemográficos, hábitos gerais e alimentares, antropometria autorrelatada e histórico familiar de DCNT. O instrumento foi elaborado e aplicado por meio da ferramenta Google Forms®. Os dados foram computados e analisados por meio do programa Excel®.

Resultados
Participaram da pesquisa 48 indivíduos com idades entre 18 e 60 anos, 75% do sexo feminino e 47,9% com renda mensal de um salário mínimo. Cerca de 91,7% não tabagistas, 39,6% consumidores de bebida alcoólica socialmente, 81,2% não praticantes de atividade física, 64,6% com excesso de peso e 77,9% possuíam familiares com DCNT. Ainda, 54,2% consideravam seus hábitos alimentares regulares e verificou-se um maior consumo diário de arroz (81,3%), leguminosas (56,3%), açúcar de adição (45,8%), pães (39,6%), legumes (37,5%), frutas (37,5%) e carne branca (35,4%). O consumo diário de bebidas artificias (18,8%), frituras (16,7%), fast food (6,3%), massas (4,2%) e embutidos (2,1%) foi menos evidente.

Conclusões/Considerações
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT, a presença de excesso de peso e a não realização regular de atividade física foram evidentes. Os hábitos alimentares se mostraram parcialmente adequados, mas ressalta-se que o consumo de alimentos in natura deveria ser mais expressivo. Ressalta-se que os hábitos gerais são reflexos do contexto socioeconômico dos indivíduos e grande parte apresentava uma baixa renda mensal.