23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC1.6 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA II |
42527 - ANÁLISE DO RISCO DE ADOECIMENTO POR HANSENÍASE E DO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO NA MACRORREGIÃO JEQUITINHONHA, MINAS GERAIS FRANCISCO CARLOS FELIX LANA - PROFESSOR TITULAR DA ESCOLA DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, DANIELE DOS SANTOS LAGES - MESTRANDA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, ISABELA DE CAUX BUENO - DOUTORANDA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, SARAH LAMAS VIDAL - DOUTORANDA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, TABATHA AMANDA CERQUEIRA DE CARVALHO - ACADÊMICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, GABRIEL CORREIA SATURNINO REIS - ACADÊMICO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Apresentação/Introdução A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, sua transmissão acontece pelas vias aéreas. No Brasil, tem sido notável a redução da endemia na última década pela diminuição do número de doentes em tratamento, número de casos diagnosticados e de casos diagnosticados com lesões de grau 2. Porém, destacam-se regiões endêmicas, entre elas o Jequitinhonha, MG.
Objetivos Analisar a epidemiologia da hanseníase e associar com as condições socioeconômicas de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na macrorregião do Jequitinhonha, nos períodos de 2001 a 2019.
Metodologia Estudo ecológico, realizado na macrorregião do Jequitinhonha, no período de 2001 a 2009 e 2010 a 2019. O qual investigou a relação do risco epidemiológico, indicador composto estimado por meio dos indicadores epidemiológicos da doença, com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do Jequitinhonha. Os dados de morbidade foram extraídos do Sistema Nacional de Notificação de Agravos no período de 2001 a 2019 e os os referentes às condições socioeconômicas foram extraídos dos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2000 e 2010. O tratamento dos dados foi realizado no software Excel e as análises estatísticas no Stata versão 12.
Resultados Jequitinhonha apresentou alto risco de adoecimento em ambos períodos (0,65 e 0,52, respectivamente). Araçuaí teve risco alto nos dois períodos (0,59 de 2001 a 2009 e 0,54 de 2010 a 2019); Diamantina risco médio (0,46 de 2001 a 2009 e 0,36 de 2010 a 2019); Minas Novas/Turmalina/Capelinha risco muito baixo (0,29 de 2001 a 2009 e 0,26 de 2010 a 2019); Serro risco baixo (0,32) em ambos os períodos. Quanto ao IDH, os valores médios para os anos de 2000 e 2010, foram, respectivamente, de 0,49 (muito baixo) e 0,63 (médio) em Araçuaí; 0,50 (baixo) e 0,63 (médio) em Diamantina; 0,50 (muito baixo) e 0,63 (médio) em Minas Novas/Turmalina/Capelinha; 0,44 (muito baixo) e 0,60 (baixo) em Serro.
Conclusões/Considerações A ocorrência heterogênea do risco de adoecimento na macrorregião Jequitinhonha relacionada com as condições socioeconômicas evidencia a desigualdades sociais e demonstra necessidade de melhoria das estratégias de controle da hanseníase na macrorregião com atenção especial nas microrregiões com alto risco.
|