Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC1.6 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA II

40756 - CONSUMO ALIMENTAR EM IDOSOS DO ESTUDO DE COORTE DE ENVELHECIMENTO DE BAGÉ, RS (SIGA-BAGÉ).
TAINÃ DUTRA VALÉRIO - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, BRASIL., ROSÁLIA GARCIA NEVES - SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL., ELAINE THUMÉ - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, BRASIL., ELAINE TOMASI - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, BRASIL.


Apresentação/Introdução
O número de idosos vem crescendo rapidamente em todo mundo, o que faz surgir uma maior preocupação com a qualidade de vida dessa população, incluindo a dieta. Uma alimentação de baixa qualidade pode levar a um decréscimo do estado nutricional e funcional, constituindo-se em risco potencial para a saúde.

Objetivos
Avaliar o consumo alimentar, conforme o sexo, e a qualidade da dieta em idosos residentes na cidade de Bagé, localizada no extremo sul do Brasil.


Metodologia
Estudo transversal com os dados do acompanhamento realizado nos anos de 2016/2017 do Estudo de Coorte de Envelhecimento de Bagé (SIGA Bagé). Foram incluídos idosos com 68 anos ou mais, de ambos os sexos. Foi realizada uma análise descritiva para caracterizar a amostra. Para avaliar a frequência do consumo de alimentos, foi aplicado um Questionário de Frequência Alimentar (QFA) reduzido, sendo respondido em quantos dias, na última semana, foi feita a ingestão de alimentos ou grupos alimentares incluídos no QFA, e a qualidade da dieta foi avaliada através do Índice de Qualidade da Dieta de Idosos (IQD-I).


Resultados
Dos 735 idosos entrevistados, 65,4% eram do sexo feminino, 82,2% com cor da pele branca, 60,4% com até oito anos de escolaridade, um terço dos idosos tinha renda per capita de até R$ 602,00 e a média de idade foi 77,2 anos . Ao avaliar a frequência semanal do consumo isolado de cada grupo de alimentos incluídos no IQD, conforme o sexo, observou-se que os homens apresentaram menor ingestão de alimentos integrais, legumes e verduras, frutas e laticínios, e maior consumo de frituras, conservas e enlatados, congelados e lanches. Um quarto da amostra (24,2%; IC95% 13,9-37,8) foi classificada em baixa qualidade da dieta e o IDQ-I apresentou média de 25,3 pontos.

Conclusões/Considerações
Os homens apresentaram um menor consumo de alimentos saudáveis e um maior consumo de alimentos não saudáveis. A baixa qualidade da dieta atingiu um em cada quatro idosos, sendo mais prevalente entre os homens. Os resultados demonstram a necessidade de investimento em estratégias de promoção da saúde e de bons hábitos alimentares da população idosa, principalmente entre os homens.