Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA I

44747 - ANÁLISE DESCRITIVA DOS CASOS DE SARAMPO NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (MRJ) NOS ANOS DE 2018 A 2021
GLAUCELAINE DA SILVA TEIXEIRA - SMS-RJ, NADJA GREFFE - SMS-RJ, NATHALIE PONTES - SMS-RJ, NATHALYA MACEDO NASCIMENTO - SMS-RJ


Apresentação/Introdução
O sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, potencialmente grave, transmissível e extremamente contagiosa (MS, 2021). Nos anos de 2018 a 2021 foram confirmados 750 casos de sarampo no MRJ, enquanto que em 2020 foram 600 casos confirmados. Em 2019 o Brasil perdeu o certificado de erradicação do Sarampo alcançado em 2016.


Objetivos
Descrever o perfil epidemiológico dos casos de Sarampo no MRJ, nos anos de 2018 a 2021; identificar a incidência, a distribuição proporcional por Sexo e Raça/Cor e a cobertura vacinal de tríplice viral em crianças menores de 02 anos no mesmo período.

Metodologia
Estudo ecológico de base populacional com análise descritiva. Os dados utilizados foram coletados do SINAN e do site EpiRio, ambos disponibilizados pela Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Os dados referem-se aos casos confirmados de sarampo nos anos de 2018 a 2021. As variáveis analisadas foram número de casos, sexo e raça/cor. Para análise e elaboração de tabela e gráficos foi utilizado o programa Microsoft Excel 2007. Ressalta-se que esse trabalho foi realizado ao final do curso Programa de treinamento em Epidemiologia aplicada aos serviços do Sus – EPISUS Fundamental no MRJ.

Resultados
O coeficiente de incidência por 100.000 habitantes no ano de 2018 foi de 0,25, em 2019 foi 1,9 2020 foi 8,9, em 2021 foi 0,04. A distribuição proporcional por sexo em 2018 teve a maior proporção no sexo feminino e nos outros anos analisados o sexo masculino com maior valor. Para a variável raça/cor no ano de 2018 o campo ignorado teve a maior proporção, nos anos de 2019 e 2020 a cor branca apresentou a maior distribuição proporcional e no ano de 2021 a disposição foi igual. Em 2018 a cobertura vacinal de D1 foi de 105%, em 2019 com 99%, em 2020 com 78% e em 2021 foi de 75%. Para D2 a taxa de cobertura em 2018 foi de 76%, em 2019 foi 80% e nos anos de 2020 e 2021 com 48%.

Conclusões/Considerações
A vacinação é a melhor forma de prevenção da ocorrência de sarampo na população e encontra-se disponível em todas as unidades de saúde no MRJ (MS, 2021). Um estudo conduzido pela Fiocruz em 2015 detectou altíssimas porcentagens de anticorpos contra sarampo em pessoas vacinadas. A campanha de seguimento contra o sarampo, enquanto estratégia de vacinação indiscriminada, representa uma oportunidade para captar crianças não vacinadas.