22/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC1.5 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A EPIDEMIOLOGIA I |
43948 - MORTALIDADE CEREBROVASCULAR: TENDÊNCIA E SAZONALIDADE NAS CAPITAIS BRASILEIRAS, 2000-2019 LUIS SAUCHAY ROMERO - ENSP-FIOCRUZ, 2. LUDMILLA DA SILVA VIANA JACOBSON - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE, SANDRA DE SOUZA HACON - ENSP-FIOCRUZ
Apresentação/Introdução As doenças cerebrovasculares (DCBVs) configuram entre as primeiras causas de morte no mundo e constituem a primeira causa de sequelas neurológicas permanentes no adulto. No Brasil, similarmente ficam entre as primeiras causas de óbitos. Estudos epidemiológicos são focadas em análises de tendência relacionadas ao perfil epidemiológico e sociodemográfico, sem considerar a variabilidade cíclica ou sazonal.
Objetivos Avaliar as características de tendência e sazonalidade da mortalidade por DCBV em adultos nas capitais brasileiras, com o propósito de atualizar o perfil epidemiológico e fornecer informações objetivas e úteis para tomadores de decisões em saúde.
Metodologia EEstudo ecológico e descritivo de séries temporais de mortalidade cerebrovascular de adultos nas capitais do Brasil no período 2000-2019, obtidas do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Técnicas de estatística descritiva foram aplicadas na análise exploratória dos dados e no resumo de taxas específicas, padronizadas e razões por características sociodemográficas. A regressão de pontos de junção (Jointpoint regression model) estimou a tendência das taxas de mortalidade cerebrovascular por grupos etários e regiões geográficas. A variabilidade sazonal por regiões geográficas das taxas foi estimada utilizando o modelo aditivo generalizado por meio de splines de suavização cúbica.
Resultados Durante o período de estudo 593.173 indivíduos foram ao óbito por DCBVs nas capitais do Brasil, com uma mortalidade média mensal de 2.474 casos. Em idosos, que representaram 77% dos óbitos, São Paulo e Rio de Janeiro, maiores cidades do país, atingiram os maiores.
Sociodemograficamente 23% dos óbitos ocorreram em menores de 60 anos e 52% em mulheres. Após padronização das taxas de mortalidade, os resultados mostraram 20 capitais com valores superiores à média. Com relação ao comportamento sazonal, as taxas de mortalidade apresentaram seus maiores valores em meados do ano, apontando para os meses de julho e agosto como os de maior risco.
Conclusões/Considerações Conclui-se que o estudo veio ratificar a importância no subsídio de informação científico na implementação de políticas e programas de saúde. Além disso, fornece informação de caráter regional que permitirá auxiliar aos tomadores de decisões em relação ao planejamento, ações e distribuição de recursos no sistema de saúde.
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