Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC1.4 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES ENTRE A VIGILÂNCIA POPULAR E OS RISCOS AMBIENTAIS

43218 - TECENDO REDES DE EXPERIÊNCIAS EM SAÚDE E AGROECOLOGIA: REFLEXÕES A PARTIR DA SISTEMATIZAÇÃO DE INICIATIVAS CONSTRUÍDAS PELA FIOCRUZ
MARCELLE R. FELIPPE - ENSP/FIOCRUZ, LORENA PORTELA - ENSP/FIOCRUZ, CLAUDEMAR MATTOS - ENSP/ FIOCRUZ, ANDRÉ BURIGO - ENSP/ FIOCRUZ, NATÁLIA ALMEIDA - ENSP/ A., HELENA RODRIGUES - ENSP/FIOCRUZ, MARCOS MENEZES - ENSP/ FIOCRUZ, GUILHERME FRANCO NETTO - VPAAPS/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
Estimular a sistematização de experiências em agroecologia na Fiocruz é um trabalho permanente da Agenda de Saúde e Agroecologia da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde. A Sistematização foi construída conjuntamente com a Articulação Nacional de Agroecologia e Associação Brasileira de Agroecologia entre 2020 e 2021, em um contexto pandêmico e de reestruturação institucional.


Objetivos
Identificar, analisar e divulgar as experiências em saúde e agroecologia realizadas historicamente na Fiocruz, colaborando na construção de uma rede interna de agroecologia e fortalecendo o debate e as ações conectadas à essa temática na instituição.

Metodologia
Entre março de 2020 e março de 2021 o trabalho foi organizado em 4 fases: fase 1 - Elaboração do Instrumento de Pesquisa e curadoria, que envolveu ativamente representantes de 8 grupos e redes em 20 encontros virtuais; fase 2 - Planejamento do lançamento e a campanha de colheita na plataforma Agroecologia em Rede (AeR), com 16 encontros; fase 3 - Mobilização para colheita dos dados no AeR e posterior análise, com 14 encontros; fase 4 - Visibilização de conteúdos e comunicação dos resultados, com produção de infográficos, boletins, cartilhas, apresentações e atividades virtuais de socialização e devolutiva, disponibilizados na plataforma do AeR, em publicações virtuais e impressa.


Resultados
Durante um pouco mais de dois meses foram registradas 91 iniciativas realizadas por 14 unidades técnico-científicas e programas da Fiocruz. Destaca-se, entre os resultados: a maior parte (37) são experiências de ensino, pesquisa e extensão; apenas 2,2 % das experiências estão localizadas no norte do país; 39 experiências tem maior participação do sexo feminino; a maioria dos sujeitos envolvidos são educadores e pessoas de movimentos sociais; a maior parte dos povos e comunidades participantes são quilombolas; a principal ameaça às experiências é a disputa territorial e os agrotóxicos são a principal atividade geradora de conflitos.



Conclusões/Considerações
Não basta seguir multiplicando ações isoladas nos territórios, é preciso aprender com as experiências que já existem, reconhecer os necessários ajustes de rota e integrar projetos semelhantes conectados ao meio ambiente, à valorização dos saberes populares e tradicionais e as lutas sociais. Há desafios de incidência territorial, necessidade de fortalecer a luta feminista e antirracista e discutir a dimensão dos conflitos ambientais.