22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC1.3 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES ENTRE GÊNERO, RAÇA E OS PROCESSOS DE VULNERABILIZAÇÃO |
41678 - CONEXÕES ENTRE AGROECOLOGIA, MORADIA DIGNA E CUIDADO EM PERIFERIAS URBANAS: PROMOÇÃO EMANCIPATÓRIA DA SAÚDE NA CONSTRUÇÃO DE TERRITÓRIOS URBANOS SUSTENTÁVEIS E SAUDÁVEIS JULIANO LUÍS PALM - NÚCLEO ECOLOGIAS, EPISTEMOLOGIAS E PROMOÇÃO EMANCIPATÓRIA DA SAÚDE (NEEPES/ENSP/FIOCRUZ), MARCELO FIRPO PORTO - NÚCLEO ECOLOGIAS, EPISTEMOLOGIAS E PROMOÇÃO EMANCIPATÓRIA DA SAÚDE (NEEPES/ENSP/FIOCRUZ), MARINA FASANELLO - NÚCLEO ECOLOGIAS, EPISTEMOLOGIAS E PROMOÇÃO EMANCIPATÓRIA DA SAÚDE (NEEPES/ENSP/FIOCRUZ), DIOGO ROCHA - NÚCLEO ECOLOGIAS, EPISTEMOLOGIAS E PROMOÇÃO EMANCIPATÓRIA DA SAÚDE (NEEPES/ENSP/FIOCRUZ), ANA PAULA DA CRUZ SANTOS - CENTRO DE INTEGRAÇÃO NA SERRA DA MISERICÓRDIA (CEM), RITA DE CASSIA FERREIRA DOS SANTOS - MOVIMENTO DOS SEM TETO DA BAHIA (MSTB)
Apresentação/Introdução Esta pesquisa visa, através de um conjunto de estratégias, apoiar e sistematizar conhecimentos e práticas protagonizados nas experiências dinamizadas pelo Centro de Integração na Serra da Misericórdia (CEM), que atua no Complexo da Penha no Rio de Janeiro (RJ), e pelo Movimento dos Sem Teto da Bahia (MSTB), em duas ocupações em Salvador (BA), Quilombo Paraíso e Quilombo Manoel Faustino.
Objetivos A pesquisa busca refletir sobre como movimentos e organizações locais que articulam agendas de luta como alimentação, moradia e cuidado, dinamizam processos de promoção emancipatória da saúde e a construção de territórios sustentáveis e saudáveis.
Metodologia O apoio e sistematização dos conhecimentos e práticas que emergem das experiências territoriais do CEM e MSTB tem sido realizado com base em quatro eixos temáticos transversais ao projeto: i) agroecologia e alimentação saudável; ii) moradia digna e proteção ambiental; iii) educação, autocuidado e prevenção à Covid-19; iv) comunicação e compartilhamento intra e interterritoriais, como também com a sociedade. Para aprofundarmos o processo de sistematização em relação a estes eixos temáticos foram previstos diferentes momentos e estratégias de pesquisa ao longo dos dois anos de projeto, com destaque para oficinas, questionários por pesquisadores territoriais, entrevistas e grupos focais.
Resultados Dentre os aprendizados com a pesquisa destacamos a observação de que, apesar de todas as vulnerabilizações marcadas por diversas formas de violência e exclusões radicais, em suas experiências o CEM e MSTB têm conseguido articular diversas frentes de luta, que em seu conjunto tem viabilizado promover processos emancipatórios envolvendo lutas por saúde, dignidade e direitos territoriais. Percebemos que, apesar das ausências que historicamente foram impostas aos sujeitos que vivem nas periferias urbanas, as experiências do CEM e MSTB expressam emergências na construção de territórios sustentáveis e saudáveis mais inclusivos e democráticos em contextos periféricos.
Conclusões/Considerações A partir de diálogos interculturais e esforços interdisciplinares a pesquisa tem explicitado a potência de experiências como as do CEM e MSTB no sentido de dinamizarem processos de promoção emancipatória da saúde ao articularem lutas por diferentes dimensões de justiça: sanitária ou por saúde, social, ambiental e cognitiva, juntamente com lutas contra diferentes formas de opressão, a exemplo das bandeiras do feminismo e contra o racismo.
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