21/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC1.2 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A NUTRIÇÃO |
40032 - REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE DA SÍNDROME METABÓLICA E SEUS FATORES EM IMIGRANTES LATINOS NOS EUA TALITA MONSORES PAIXÃO - FIOCRUZ, LILIANE REIS TEIXEIRA - FIOCRUZ, CARLOS AUGUSTO FERREIRA DE ANDRADE - FIOCRUZ, DÉBORA SEPULVIDA - UMASS BOSTON, MARTHA SILVIA MARTINEZ-SILVEIRA - FIOCRUZ, CAMILA HENRIQUE NUNES - IFF E FIOCRUZ, CARLOS EDUARDO GOMES SIQUEIRA - UMASS BOSTON
Apresentação/Introdução A Síndrome Metabólica (SM) é uma condição crescente em todo o mundo que tende a acompanhar o aumento da obesidade, sendo um desafio mundial para a saúde pública. A expansão da SM e de seus fatores é demonstrado em várias populações com destaque para as minoritárias nos EUA, entre elas os latinos, que vêm apresentando alarmante elevação da obesidade e outros fatores da SM nos últimos anos.
Objetivos Revisar sistematicamente e meta-analisar a prevalência da SM e/ou seus fatores de risco em imigrantes latinos nos EUA, em comparação com a população latina nascida nos EUA e identificar produções sobre esses fatores em imigrantes brasileiros.
Metodologia A revisão foi desenvolvida através da estratégia PICO. População: imigrantes latinos nos EUA. Desfechos: SM e/ou seus fatores de risco. A estratégia de busca foi aplicada na Pubmed, Web of Science, Embase, Lilacs, Scielo e Google Scholar. O risco de viés foi avaliado pelos checklists do Joanna Briggs Institute para estudos transversais, coorte e caso-controle. Os resultados foram apresentados em mapa de evidências e, em seguida, foi conduzida meta-análise das prevalências dos fatores da SM. Foram utilizados o aplicativo Rayyan para a seleção dos artigos, Excel para extração dos dados e o Stata versão 15.0 para condução da meta-análise. A qualidade da evidência foi avaliada pelo GRADE.
Resultados A revisão sistemática incluiu 60 estudos totalizando 2.709.490 participantes, e a meta-análise 52, totalizando 436.654 imigrantes latinos nos EUA. Poucos estudos incluindo imigrantes da América do Sul foram identificados. Apenas dois estudos incluíram brasileiros. As prevalências conjuntas obtidas para a hipertensão, diabetes, obesidade geral e obesidade abdominal foram, respectivamente, 28% (IC95 23%-33%), 17% (IC95 14%-20%), 37% (IC95 33%-40%) e 54% (IC95 48%-59%). As prevalências dos demais desfechos não foram apresentadas devido à incerteza sobre o resultado. Classificamos a qualidade das evidências como baixas ou muito baixas dependendo do desfecho.
Conclusões/Considerações A produção de estimativas de prevalência da SM e seus fatores em imigrantes parece ser baseada em evidências e justificada, tendo em vista as diferenças culturais, alimentares e de hábitos de vida enfrentadas nas migrações, que propiciam o aumento da obesidade, fortemente associada a SM, e das doenças crônicas relacionadas a ela. Destaca-se a necessidade de condução de estudos com imigrantes da América do Sul.
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