Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC1.2 - SAÚDE, AMBIENTE E SOCIEDADE: INTERFACES COM A NUTRIÇÃO

38367 - ASPECTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DA INATIVIDADE FÍSICA: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL COM MULHERES ADULTAS NO CEARÁ
DEBORAH SANTANA PEREIRA - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ - IFCE / UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE, JOSÉ ERIVAN LIMA DE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE


Apresentação/Introdução
A Inatividade Física (IF) se configura como fator de risco à saúde de adultos em qualquer faixa etária. As ações de promoção de Atividade Física (AF) para a saúde devem considerar aspectos sociais e ambientais que envolvem o gênero feminino.

Objetivos
Objetivou-se analisar o nível de AF e seus aspectos sociais e ambientais associados em mulheres adultas do Ceará-Brasil.

Metodologia
Estudo de base populacional com utilização de dados primários e objetivos. A amostragem probabilística estratificada alcançou amostra de 642 mulheres adultas. Os instrumentos utilizados para levantamento de dados foram: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e a versão piloto do Questionário de Avaliação da Vulnerabilidade à Inatividade Física (Q-VIF). Utilizou-se programa estatístico SPSS versão 23.0. A pesquisa cumpriu os princípios éticos contidos na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

Resultados
Com média de idade de 35,42(+11,74) anos, a maioria das mulheres era casada (44,2%), cor parda (48,9%), com renda de até 1 salário mínimo (62,0%) e Ensino Médio (36,4%). Destas, 58,3% são suficientemente ativas, contudo, apenas 33,6% delas praticam AF no Lazer, predominando atividades domésticas, de deslocamento e no trabalho. Alguns aspectos foram associados à IF no lazer: falta de convites de amigos/familiares (p=0,000), vivência de situações de violência (p=0,002), renda insuficiente (p=0,000), diferenças culturais (p=0,001), falta de acesso a locais propícios à prática de AF (p=0,000), falta de acesso gratuito a ações de aconselhamento sobre AF (p=0,000) e práticas orientadas (p=0,000).

Conclusões/Considerações
Para além de questões comportamentais, a IF possui fatores intervenientes relacionados ao contexto social e ambiental em que se está inserido, especialmente entre mulheres. Melhores respostas nas ações de promoção da AF para saúde de mulheres são possíveis ao se considerar aspectos de desigualdade e vulnerabilidade que envolvem o gênero feminino.