Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC3.4 - DISPUTAS NOS MODELOS DE APS: EQUIPES, TERRITÓRIOS E CUIDADO

42982 - REDIVISÃO DE MICROTERRITÓRIO VINCULADO A EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE UNIDADE DE SAÚDE DE PORTO ALEGRE APÓS MUDANÇAS NA ESTRUTURA DE ATENDIMENTO DO TERRITÓRIO.
CLARA MARIA MULLER SCHNEIDER - UFRGS, ISABELA MACHADO PENTEADO - UFRGS


Período de Realização
Abril de 2021 na Unidade de Saúde (US) de Porto Alegre.

Objeto da experiência
Território de US que absorveu os territórios e as equipes de duas Equipes de Saúde Família (ESF) e uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Objetivos
Redimensionar os territórios vinculados às ESF que compunham a US com base na equidade, levando em consideração vulnerabilidade e acesso limitado por particularidades territoriais, como o tráfico, diferente do critério estabelecido anteriormente que era em relação ao espaço geográfico.


Metodologia
Observando os espaços territoriais em relação às condições de moradia e habitantes por casa a partir de observação do google e relato de agentes comunitários de Saúde (ACS), o número de solicitações de visitas domiciliares e acamados por endereço, os locais com focos de doenças e a quantidade de atendimentos de puericultura e pré natal por território foi dimensionado considerando a divisão dessa população de maneira igual entre as equipes e não o espaço geográfico que compunham.

Resultados
Com o redimensionamento, entre as seis ESF que compõem a US, duas ficaram com mais de 70% do espaço geográfico do território, enquanto que três equipes ficaram com um território anteriormente vinculado a apenas uma equipe. Dessa forma, foi possível assistir com maior equidade o território, tendo a divisão de atendimentos domiciliar, consultas de pré-natal e puericultura e busca ativa melhor dividida entre as equipes.

Análise Crítica
Para a divisão de microterritório para vinculação de ESF em US com mais de uma equipe é importante considerar não somente o espaço geográfico, mas também como o território é composto, levando em consideração vulnerabilidades locais, características culturais bem como epidemiológicas. A US na qual foi realizada essa reestruturação recebeu residentes em de saúde coletiva que propuseram esse olhar sobre o território. É importante que essa discussão ocorra em outros serviços.


Conclusões e/ou Recomendações
É que essa discussão sobre o território aconteça em todos os serviços que vinculem equipes de saúde à espaços geográficos e que, posteriormente, precisem realizar esse redimensionamento. Para tanto, seria interessante a construção de uma capacitação para gestores locais para que o dimensionamento dos territórios à serviços de saúde acontecesse de maneira qualitativa e não apenas quantitativa.