22/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC3.3 - SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL: SISTEMAS DE VIGILÂNCIA E INTERSETORIALIDADE |
38452 - ASSOCIAÇÃO TERRITORIAL ENTRE ESCOLAS E ESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZAM ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS EM CINCO CAPITAIS BRASILEIRAS MAYRA FIGUEIREDO BARATA - NUPENS/USP, MARIA ALVIM LEITE - NUPENS/USP, MARIA FERMANDA GOMBI-VACA - UCONN RUDD CENTER FOR FOOD POLICY AND HEALTH, RENATA BERTAZZI LEVY - NUPENS/USP
Apresentação/Introdução As concentrações de comércios de alimentos não saudáveis nas proximidades de escolas devem ser uma preocupação de saúde pública, pois podem representar influências insalubres do ambiente alimentar na saúde da população de crianças e adolescentes
Objetivos Analisar a associação territorial entre e escolas e estabelecimentos que comercializam alimentos ultraprocessados em cinco capitais brasileiras.
Metodologia Trata-se de um estudo ecológico censitário com a utilização de dados secundários de cinco capitais brasileiras (Belém, Brasília, Florianópolis, Salvador e São Paulo). Escolas e dez tipos de estabelecimentos que comercializam alimentos ultraprocessados (AUP) (ambulantes, bancas de jornais, lanchonetes, lojas de conveniência, lojas de doces, minimercados, outros tipos de estabelecimentos, padarias, restaurantes e supermercados) foram georreferenciados em bairros das cidades selecionadas para o estudo. Associações entre densidades por 10.000 habitantes de escolas e de estabelecimentos foram avaliadas por meio de modelos multinível de regressão binomial negativa para o conjunto de cidades
Resultados Observou-se que as densidades de ambulantes (0,04; 95% IC= 0,02– 0,07), lanchonetes e padarias (0,08; 95% IC=0,06–0,09), lojas de conveniência e de doces (0,07; 95% IC=0,05–0,09), minimercados (0,07; 95% IC=0,06–0,08), restaurantes (0,09; 95% IC=0,07–0,10), supermercados (0,05; 95% IC=0,03–0,07) e total de estabelecimentos que vendem AUP (0,06; 95% IC=0,05–0,08), foram positivamente associadas a densidade de escolas no conjunto de cidades estudadas.
Conclusões/Considerações Nossos resultados sugerem que crianças e adolescentes podem estar sujeitos a um ambiente alimentar não saudável nas proximidades das instituições. Modificações no ambiente alimentar escolar podem ser mais efetivas e democráticas se comparadas às intervenções individuais de conscientização para prevenção e manejo da obesidade em crianças e adolescentes.
|