21/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC3.2 - EPIDEMIA DE AIDS: O DESAFIO DA INTERSECCIONALIDADE PARA O ACESSO ÀS TECNOLOGIAS DE CUIDADO |
38672 - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO: VENCENDO AS BARREIRAS DE ACESSO À PREVENÇÃO DO HIV E DAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (ISTS) NO SUS JOSI FREITAS DE MELO - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO, TATIANE PAVAN RAMOS OLIVEIRA - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO, PATRICIA DE PAULA AMORIM MORAES - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO, GERALDINA CRISTINA GABRIEL - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO, FABRICIO AUGUSTO MOSCARDINI NOBILE - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO, THAYS GONÇALVES MENEZES - CTA ITINERANTE DA CIDADE DE SÃO PAULO, ADRIANO QUEIROZ DA SILVA - COORDENADORIA DE IST/AIDS DA CIDADE DE SÃO PAULO, MARIA CRISTINA ABBATE - COORDENADORIA DE IST/AIDS DA CIDADE DE SÃO PAULO
Período de Realização Este trabalho relata a experiência do CTA da Cidade de 28/11/2021 até 28/05/2022.
Objeto da experiência Ampliação das ações estratégicas de prevenção ao HIV e às ISTs para populações vulneráveis, ofertando os serviços in loco e em horários alternativos.
Objetivos Diminuir as barreiras de acesso ao SUS pela população mais vulnerável ao HIV, vítimas frequentes de estigmas e preconceitos.
Acessar os locais mais afastados do território e fora do horário de funcionamento dos serviços tradicionais, tornando o atendimento mais resolutivo e equânime.
Metodologia Trata-se de um ônibus adaptado para atendimento de quinta-feira a sábado das 16h às 21h, com testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites, profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP) ao HIV, exame rápido de função renal e início do tratamento para pessoas que diagnosticam ISTs e HIV por atendimento presencial ou via telemedicina. Os locais são definidos para alcançar profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e travestis, jovens e usuários de drogas.
Resultados O CTA da Cidade já atendeu 861 pessoas, média de 12 pessoas/ dia. Quase um quarto para o início da PrEP (24%). A experiência variou em função do maior ou menor acesso daquela população aos serviços de prevenção. Nos locais de prostituição foram iniciadas 114 PrEP’s (42,7%), além de 53 diagnósticos de sífilis (19,9%), 7 de HIV (2,6%) e 2 de hepatite C (0,7%). Já nas periferias, foram 38 diagnósticos de sífilis (6,4%), 3 de HIV (0,5%) e 2 de hepatite C (0,3%), além de 93 PrEP’s (15,7%).
Análise Crítica Parte dos usuários conhece a testagem e as profilaxias no CTA, enquanto outros, mesmo informados, só acessam devido à disponibilidade do serviço no território. O trabalho com os agentes de prevenção que são pares (gays, travestis e transexuais, jovens) facilita a divulgação e minimiza as resistências. Percebe-se ainda que a continuidade no mesmo local por três dias seguidos e o atendimento por telemedicina também favorecem a adesão das populações mais vulneráveis e elevam os diagnósticos.
Conclusões e/ou Recomendações São muitos os desafios dentro de cada território e é primordial a incorporação de tecnologias que aumentam a resolutividade do atendimento, como teste rápido de função renal para PrEP, telemedicina, além do trabalho conjunto com os agentes de prevenção. Esses diferenciais tornam as ações do CTA da Cidade mais efetivas e equânimes. É um trabalho que está em construção e cujos resultados iniciais já demonstram sua relevância para o SUS.
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